ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que compromete o metabolismo da glicose, representando problema de Saúde Pública pelas complicações, alta taxa de hospitalizações e mortalidade, impactando nos custos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo deste trabalho é estimar a prevalência do DM etaxa de mortalidade, na população adulta brasileira e nordestina. Os métodos utilizados foram revisão de artigos científicos do Scielo e compilação de dados do Sistema de Informática em Saúde do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes ao ano de 2011.Nas últimas décadas o DM tem representado um desafio devido sua prevalência e pelo fato de que a maioria dos seus portadores não está em tratamento adequado e, portanto, expostos ao risco de desenvolverem altas taxas de morbimortalidade. Estimativas indicam 11,9 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos tem a doença no Brasil, o que torna o país o quarto em casos no mundo. A pesquisa apontou total de 10,3% dos adultos maiores de 35 anos portadores de DM, sendo que a região Nordeste apresenta o mesmo índice nacional. As complicações agudas incluem, entre outros, cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar de elevada letalidade. Quando se trata da taxa de mortalidade, o Brasil apresenta valor bruto de 6,25%, com o Nordeste exibindo 6,07%. Estudos sugerem existir mortalidade maior, sobrevida menor e menor expectativa de vida na população diabética em relação à não-diabética. As causas parecem estar relacionadas aos níveis glicêmicos, complicações crônicas e à associação com outras morbidades. A possibilidade de evitar complicações indica coeficientes elevados, sugerindo necessidade de intensificação de ações preventivas, acesso ao diagnóstico e atendimento. O manejo do DM deve ser feito dentro de um sistema de saúde organizado em rede, com equipe integrada na Atenção Primária a Saúde, valorizando a autonomia e autocontrole do paciente.