ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: A Poliomielite é uma doença contagiosa aguda, podendo ocasionar danos graves. A Pólio, no Brasil, é considerada erradicada, devido à estratégia centrada na realização de campanhas de vacinação em massa. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses aos 2, 4 e 6 meses de idade e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação. A cobertura vacinal corresponde ao número de doses de determinada vacina dividida pela população alvo da vacinação multiplicado por 100 sendo fundamental para a avaliação de políticas públicas de imunização. Objetivo: Avaliar a cobertura vacinal nas Macrorregiões de Saúde do país, no período de 2015 até 2018, destacando anos e regiões que foram aumentadas. Metodologia: Estudo epidemiológico e descritivo baseado na revisão de dados disponíveis no DATASUS, no período de 2015 a 2018, avaliando a quantidade de pacientes imunizados contra a Poliomielite por meio de vacinação nas macrorregiões do Brasil. Discussão: Em 2015, a relação encontrava-se maior que no ano de 2018, representando um aumento de pessoas vacinadas comparadas a população total. A queda desta relação em 2018, todavia, pode-se relacionar ao aumento da população no país, diminuindo tal resultado, além de outros fatores extrínsecos. É notório, ademais, que as regiões Sul, Centro Oeste, Sudeste e Norte, obtiveram índice de 42%, 39%, 35% e 33%, respectivamente, enquanto a região Nordeste apresentou um valor de 31%, o menor do ano de 2018, sendo que nenhum dos valores encontram-se em consonância com a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Conclusão: A Poliomielite, apesar de ser erradicada no Brasil, é possível perceber que ainda é necessário investir em políticas públicas voltadas a esta imunização nas regiões brasileiras, haja vista que é notório a diminuição da cobertura vacinal com o passar dos anos.