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Introdução: A assistência pré-natal é fundamental para a redução da mortalidade infantil, complicações perinatais e mortalidade materna, sendo uma das Metas do Milênio pela ONU. Este estudo visa expor a qualidade do pré-natal executado na Atenção Primaria à Saúde (APS) do SUS. Metodologia: Utilizou-se 7 artigos de 2014 a 2017, dos bancos de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), tendo como critérios de inclusão, estudos com maior abrangência do tema e atualizados; e de exclusão, presença de conflitos de interesse. Desenvolvimento: Em 2014, 40% dos 10.446 óbitos infantis e neonatais evitáveis ocorridos no Brasil estavam relacionados à inadequação do pré-natal. Estudo de corte transversal retrospectivo baseado no banco de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), avaliou 2.089 crianças, nascidas entre 2001 e 2006. Nesta análise, cujas mães residiam em áreas rurais do Brasil, observou que 18,1% das cesarianas e 32,5% dos partos vaginais tiveram pré-natais inadequados. Segundo o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, apesar de quase a totalidade das gestantes terem recebido vacina antitetânica e prescrição de sulfato ferroso, apenas um quarto das entrevistadas (23,6%) referiu ter recebido todos os procedimentos preconizados e somente 60,3% receberam todas as orientações. Além disso, apenas 69,2% das entrevistadas afirmaram ter realizado todos os exames complementares durante o pré-natal, sendo o VDRL e a glicemia os exames menos solicitados, a despeito de sua elevada importância para a saúde pública. Conclusão: Observou-se inadequação na qualidade do pré-natal realizado na APS no Brasil, com baixa taxa de condutas cruciais desse atendimento. Dessa forma, é urgente a melhoria na seleção e capacitação dos profissionais de saúde da APS e fiscalização do cumprimento do protocolo de pré-natal, para sua maior eficácia na redução das taxas de mortalidade infantil e materna.
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