ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

INTRODUÇÃO: A adolescência é o período de 10 a 19 anos segundo a Organização Mundial de Saúde. Trata-se de período de intensas modificações físicas, ponderais, psicológicas e sociais. O adolescente procura os serviços de saúde apresentando queixas agudas, crônicas, recorrentes e cíclicas. A percepção do processo saúde doença e o "desease" e "ilness" são peculiares a cada indivíduo e faixas etárias. O ambulatório do adolescente realizado no Centro de Cultura, Esporte e Lazer em parceria com unidade de saúde possibilita o acesso e abordagem integral a essa faixa etária. OBJETIVO: Descrever os problemas mais incidentes e prevalentes levados como queixa principal ao Ambulatório do Adolescente. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal, através de análise de prontuário padronizado para atendimento médico individual no ambulatório, de adolescentes de 10 a 19 anos, 11 meses e 29 dias, de ambos os sexos, atendidos por médicos e alunos do internato em saúde comunitária, no período de 2016, 2017 e o primeiro trimestre de2018. Dados analisados pelo Excel. RESULTADOS: A amostra foram 720 prontuários. Queixas respiratórias agudas representaram 22%, dismenorreia 20%, hemorragia uterina anormal 5%, gastroenterites 13%, acne 8%, harboviroses 6%, escoliose 4%, necessidade de atestado para realizar atividade física 14%, cefaleia 14%, dificuldades de aprendizagem 8%, atraso no crescimento 2%, obesidade 5%, dificuldades de relação familiar 6%, desejo de realizar exames complementares 12%, desejo de ser encaminhado para outros especialistas 9% DISCUSSÃO: As prevalências e incidências encontradas refletem períodos epidemiológicos como os meses chuvosos com maior incidência de harboviroses, gastroenterites e queixas respiratórias agudas. Problemas prevalentes referidos na literatura como bulimia, anorexia, alterações no desenvolvimento puberal, transtornos mentais, sofrimento mental, disfunção familiar, outras doenças crônicas são prevalentes no ambulatório, porém não mais prevalentes como queixa principal. Por isso justificamos a importância da abordagem integral e longitudinal ao adolescente.