ANAIS DO 15º CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE

Introdução: A acupuntura foi reconhecida pelo CFM como especialidade médica desde 1951, é indicada pela OMS e está disponível no SUS. Apesar disso, a disciplina de acupuntura está presente na minoria dos currículos médicos, resultando em falta de conhecimento e de aceitação. Objetivo: Determinar o conhecimento e crença na acupuntura dos estudantes de medicina e médicos, comparando aqueles que tiveram-a como disciplina e os que não tiveram-a. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, realizado em março de 2019. Foi utilizado como ferramenta de coleta de dados um questionário autoaplicável. Analisou-se: sexo, idade, ter cursado a disciplina, acreditar que a acupuntura tenha respaldo científico e acreditar na acupuntura. Resultados: A amostra foi composta por 114 discentes e médicos, sendo 60 mulheres (52,6%) e 54 homens (47,4%). A faixa etária dos participantes variou de 18 a 38 anos (média= 23,4 anos). Quanto a ter cursado a disciplina, a maioria (55,3%) não cursou. No que se refere a acupuntura ter respaldo científico, 72,8% disseram acreditar, 17,5% não sabem, 8,8% não acreditam e 0,9% não responderam. A porcentagem dos que acreditam no respaldo científico da acupuntura foi maior entre quem já cursou a disciplina (92,2%) com relação aos que não cursaram (57,1%). Em relação a crença na acupuntura, a maioria (87,7%) afirmou acreditar, porém, na escala de Likert, referente ao quanto os participantes acreditam, apenas 15,8% atribuíram a acupuntura nível de crença máximo. A crença na acupuntura também foi maior nos alunos que já cursaram a disciplina (94,2%) quando comparado com os que não cursaram (82,5%). Conclusão: Houve diferença no grupo que cursou e no que não cursou a disciplina, explicitando a importância da inserção da acupuntura nos currículos médicos, contribuindo para a aceitação e indicação da prática pelos médicos.