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MEMÓRIAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: FAMÍLIA, ESCOLA E INFÂNCIAS (MARACAJÁ-SC)

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O objetivo deste trabalho é refletir sobre as memórias de pessoas com deficiência intelectual (DI), enfocando suas experiências de infâncias, vivenciadas no município de Maracajá-SC, entre os anos de 1955-1970, em âmbito familiar e escolar. Desde a escolha da metodologia de construção do corpus, pensou-se na inscrição dos documentos construídos a partir da História Oral, que contribui para a visibilidade daqueles que historicamente são “silenciados” pela história oficial, buscando responder o problema proposto por esta pesquisa e inscrever, assim, essas vozes na história da educação. O trabalho investigativo com ênfase na História Oral obedece o rigor das etapas: pré-entrevista, entrevista e pós-entrevista e apresenta-se como qualitativo. Na busca da fundamentação teórica dos conceitos atribuídos à infância e à criança busquei as contribuições de Sarmento, Montandon, Bachelard. Na busca de um melhor entendimento sobre a deficiência, utilizei os estudos de Mantoan, Glat e Januzzi. A memória foi discutida a partir dos estudos de Barros, Bosi, Halbwachs e Nora. As memórias dos/as entrevistados/as evidenciaram que as experiências vivenciadas com seus pares em suas infâncias, seja na escola ou no ambiente familiar, os marcaram de alguma maneira. Foi possível perceber a questão da proteção familiar, destacando ainda a importância da escola, que juntamente com a família, organiza os primeiros laços da criança com a sociedade.