A inclusão de pessoas com deficiência na educação superior: novos saberes e temporalidades na universidade
Apresenta resultado de pesquisa de doutorado na área da Educação, cujo objeto foram as práticas inclusivas desenvolvidas na Universidade Metodista de São Paulo no período de 2005-2010. Os referenciais da sociologia das ausências e emergências, do modelo social de deficiência, da acessibilidade, bem como do paradigma da inclusão foram utilizados para responder ao seguinte problema investigativo: - O que emerge e o que tem sido esvaziado com o advento da presença das pessoas com deficiência na educação superior? Neste sentido, esta pesquisa trabalhou com o estudo dos cotidianos, por entendê-lo como possibilidade de aproximação desta complexa realidade educacional, o que possibilitou à tessitura da tese final na forma de quinze crônicas comentadas. Tais crônicas apresentam os resultados da pesquisa em quatro argumentos. A saber. 1. Corporeidades desviantes confrontam o sujeito universal e exigem a superação da monocultura do saber. 2. Diferentes formas de sensoriamento do mundo promovem o alargamento dos espaços pedagógicos. 3. O modelo social de deficiência aponta para a necessária revisão dos critérios meritocráticos rumo à neutralização das fronteiras dicotômicas entre as diferenças. 4. A inclusão carrega uma tonalidade utópica porque exige a consciência antecipatória das ecologias dos saberes.