CO-INOCULAÇÃO DE MICRORGANISMOS PROMOTORES DO CRESCIMENTO VEGETAL EM Senna multijuga COM POTENCIAL DE APLICAÇÃO NA REVEGETAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO DE CARVÃO

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Meio Ambiente
  • Palavras chaves: microrganismos promotores do crescimento vegetal; fungo micorrízico arbuscular; Áreas Degradadas; Revegetação; Carvão mineral;
  • 1 Centro de Ciências Biológicas / Universidade Federal de Santa Catarina
  • 2 Universidade Federal de Santa Catarina
  • 3 Centro de Ciências Agrárias / Universidade Federal de Santa Catarina

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Resumo

No passado, a extração de carvão mineral a céu aberto no estado de Santa Catarina (SC) gerou um passivo ambiental de aproximadamente seis mil hectares de solos degradados. Um dos processos aplicados na recuperação de áreas degradadas pela mineração de carvão é a reconstrução do solo. Após a reconstrução de solo é necessário que seja realizada a revegetação para reduzir os processos erosivos. A escolha das espécies vegetais para e revegetação é de extrema importância para garantir que o processo de sucessão vegetal ocorra. Senna multijuga é uma espécie pioneira que apresenta potencial de uso na recuperação de áreas degradadas, além do que, possui capacidade de se associar com fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) e bactérias promotoras do crescimento vegetal (BPCV). Os FMAs e as BPCV são considerados microrganismos promotores do crescimento vegetal (MPCV), pois em associação simbiótica com espécies vegetais podem promover o crescimento por meio de mecanismos diretos e indiretos. Os MPCV podem atuar em sinergismo por meio de co-inoculação e favorecer ainda mais o desenvolvimento das espécies vegetais. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da co-inoculação de MPCV em S. multijuga usando solo de uma área de mineração em processo inicial de recuperação. Foi conduzido um ensaio em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado com 17 tratamentos, 15 tratamentos de inoculação com todas as possíveis combinações dos seguintes microrganismos: uma estirpe de bactéria endofítica Pseudomonas thivervalensis SC5 (E1), uma estirpe de bactéria endofítica Pantoea phytobeneficialis nov. MSR2 (E2), uma estirpe de rizóbio Rhizobium sp. UFSC-B8 (R) e um inoculante a base de FMA Rhizophagus intraradices (F). E dois tratamentos controles: um tratamento com solo autoclavado e sem inoculação (S/I) e um tratamento controle com solo sem autoclavar e sem inocular (S/A). Os experimentos foram conduzidos em casa de vegetação por um período de 180 dias. As mudas foram avaliadas em relação ao crescimento: altura, diâmetro, massa seca da raiz (MSR) e massa seca da parte aérea (MSPA). A tripla inoculação R+E1+F e o tratamento contendo os quatro microrganismos (MIX) se destacaram na promoção do crescimento da S. multijuga, promovendo incrementos de 66 e 64% na altura e diâmetro do caule em relação ao tratamento controle S/I, respectivamente. Em relação a MSR os tratamentos R+E1+F e MIX apresentaram incrementos de 426 e 326%, respectivamente, em comparação com o controle S/I, enquanto na MSPA os incrementos foram superiores a 440%. Os resultados demonstraram que a co-inoculação de MPCV foi capaz de promover o crescimento vegetal das mudas de S. multijuga em solo com baixa fertilidade proveniente de uma área de mineração em processo inicial de recuperação. A co-inoculação de MPCV apresenta potencial de aplicação na produção de mudas de S. multijuga em viveiro visando a recuperação de áreas degradadas pela mineração de carvão.

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