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PESQUISA DO GENE blaKPC EM ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES AOS CABAPENÊMICOS, ISOLADAS DE PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE LONDRINA, NO ANO DE 2015.

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Atualmente os carbapenêmicos representam as drogas de escolha para o tratamento de infecções graves por microrganismos multirresistentes, principalmente as enterobactérias. A resistência de enterobactérias aos carbapenêmicos pode ser por uma variedade de mecanismos, incluindo a produção de carbapenemases somente e/ou em combinação com alterações de porina. A presença da enzima Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), em enterobactérias, têm sido cada vez mais detectadas em vários países ao redor do mundo. Neste contexto, este trabalho avaliou as enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos isoladas de pacientes do Hospital Universitário de Londrina, no ano de 2015. Os isolados clínicos foram previamente identificados pelo sistema VITEK® 2 e tiveram o perfil de sensibilidade avaliado, de acordo com o CLSI 2015. No período estudado 316 enterobactérias apresentaram resistência aos carbapenêmicos e avaliadas para a presença do gene blaKPC, sendo 82,3 % (260/316) positivas. K. pneumoniae mostrou-se o microrganismo mais frequente, com 78,8 % (205/260), seguida de Enterobacter cloacae, 6,9 % (18/260), Providencia stuartii, 5 % (13/260), Serratia marcescens, 4,2 % (11/260 ) e outros microrganismos, 3 % (8/260). A idade média dos pacientes avaliados, que tiveram infecções por enterobactérias produzindo KPC, foi de 56,9 anos, sendo que 53,5% (139/260 ) deste pacientes foram a óbito. A distribuição dos materiais clínicos das enterobactérias KPC-positivas foram: trato urinário, 54,6 % (142/260), trato respiratório, 20,0 % (52/260), sangue , 15,4 % (40/260) e outros, 10 % (26/260). O perfil antimicrobiano mostrou que os isolados foram 100% resistentes ao ertapenem , 95% ao meropenem e 92,7 % para o imipenem . Além disso, revelaram-se resistentes também à amicacina , com 55%, 56,5 % à gentamicina e 28,8% à colistina. Este estudo mostra a propagação do gene blaKPC entre isolados de enterobactérias no Hospital Universitário de Londrina, sendo a K. pneumoniae o microrganismo mais comumente produtor deste mecanismo de resistência . Nossos resultados destacam a necessidade urgente de desenvolver estratégias de prevenção dessa propagação e controle de infecções. Limitar o uso de certos antibióticos pode ser uma estratégia eficaz .