Azospirillum brasilense compreende um grupo de bactérias diazotróficas associativas promotoras do crescimento vegetal. A aplicação das estirpes Ab-V5 e Ab-V6 como inoculante para as culturas do trigo (Triticum aestivum L.) e do milho (Zea mays L.) tem resultado, de maneira sustentável, em aumento da produtividade e com baixo custo. Inoculantes líquidos, preferidos por agricultores, são de fácil manuseio, entretanto, proporcionam baixa proteção às células, prejudicando sua sobrevivência. O objetivo deste trabalho foi desenvolver formulações líquidas de inoculante com A. brasilense com altas concentrações celulares e que garantam a sobrevivência das estirpes por um período comercialmente viável. Inicialmente foi realizada a análise da concentração celular nos meio de cultivo NFb (controle, meio tradicional para o cultivo de Azospirillum) e formulação FORM2, desenvolvida em nosso laboratório. Foram utilizados seis aditivos, a fim de avaliar a capacidade de prolongar a viabilidade celular das estirpes na FORM2. Para a realização da análise do crescimento celular foram colocados 1 mL do inóculo em erlenmeyers contendo 100 mL de cada meio de cultura, previamente esterilizados. A incubação ocorreu a 140 rpm a 28 °C por 26 horas. Após o cultivo, a FORM2 acrescida dos aditivos foi armazenada a ± 28 °C e a concentração celular foi avaliada após 14 e 32 dias de armazenamento segundo a metodologia estabelecida pelo MAPA (Instrução normativa nº 30 de 2010) para contagem de Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Foi empregado o teste Tukey (p ≤ 0,05) para comparação entre as médias em UFC/mL das formulações. A FORM2 permitiu a obtenção de concentrações celulares mais elevadas do que as obtidas pelo meio de cultivo NFb em ambas as estirpes, entretanto, foi observado que após 32 dias de armazenamento, a concentração celular na FORM2 caiu substancialmente. Os aditivos 1, 3 e 6 para Ab-V5 e 2, 3 e 6 para Ab-V6 contribuíram significativamente, com aumentos na sobrevivência celular após 32 dias de armazenamento.