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DETERMINAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS E PRODUÇÃO DE BIOFILME EM Staphylococcus aureus ISOLADOS DE JALECOS DE UNIVERSITÁRIOS

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Staphylococcus aureus é integrante da microbiota normal humana, entretanto, pode causar doenças superficiais, invasivas ou tóxicas. S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) é um grande problema em ambiente hospitalar e na comunidade, pois é resistente a todos antimicrobianos beta-lactâmicos, deixando poucas alternativas para o tratamento das infecções causadas por esse microrganismo. Além disso, S. aureus tem a capacidade de produzir o biofilme, tanto em superfícies bióticas quanto em abióticas, que protege o microrganismo da resposta imune do hospedeiro e da ação dos antimicrobianos. Uma vez que muitas Universidades estão ligadas a ambientes hospitalares e laboratórios, os estudantes usam seus jalecos no caminho entre a Universidade e suas casas, em bibliotecas, refeitórios e nos arredores da Universidade. Assim, esse estudo tem como objetivo caracterizar as espécies de S. aureus isoladas de jalecos de universitários da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) quanto à susceptibilidade aos antimicrobianos e produção do biofilme. Foram coletadas amostras 159 amostras de 57 jalecos de estudantes do curso de Biomedicina da Unoeste em três regiões: gola, bolso e punho. Essas amostras foram identificadas para a detecção de S. aureus através da coloração de GRAM, teste de catalase e coagulase. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizada através da técnica de disco-difusão utilizando os discos: oxacilina, cefoxitina, penicilina, vancomicina, clindamicina, eritromicina e levofloxacina. A produção do biofiolme foi analisada Agar Vermelho do Congo. Foram isolados 36 (22,6%) S. aureus , sendo 18 (50,0%) da gola, 11 (10,5%) do punho e 7 (19,5%) do bolso. Destes 33 (91,7%) foram produtores de biofilme. A resistência à penicilina foi detectada em 26 (72,2%) amostras, à eritromicina em 19 (52,8%) e à clindamicina em 3 (8,3%). MRSA foi detectado em 8 (22,2%) amostras sendo 4 (11,1%) S. aureus resistentes à oxacilina e cefoxitina, 2 (5,6%) apenas à oxacilina e 2 (5,6%) apenas à cefoxitina. Os resultados evidenciam amostras resistentes aos antimicrobianos utilizados na clínica e produtoras de biofilme em jalecos de universitários da área da saúde, ressaltando a importância das medidas educadores de uso de jaleco para prevenção da disseminação de cepas de S. aureus multirresistentes entre os estudantes, que podem transferir essas bactérias patogênicas para diferentes setores da Universidade e para familiares.