Para que a situação de resistência microbiana seja reduzida, pesquisas vêm surgindo para encontrar novos medicamentos sintéticos ou naturais que atuem na sua diminuição. Neste sentido, as propriedades medicinais das plantas como a Peltophorum dubium (Spreng.) Taub, planta nativa do Brasil, ganham destaque. Esta espécie já é empregada na medicina popular de diversas maneiras, mas ainda não foi avaliada quanto ao seu potencial antimicrobiano. Diante deste contexto, este trabalho teve por objetivo determinar o potencial antimicrobiano do extrato hexânico das folhas P. dubium frente a cepas patogênicas: Staphylococcus aureus (ATCC 25923), Enterococcus faecalis (ATCC 19433), Escherichia coli (ATCC 25922), Klebsiella pneumoniae (ATCC 13883), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Proteus mirabilis (ATCC 25933), além da realização de sua prospecção fitoquímica. Para obtenção do extrato, as folhas da planta foram secas a 40° C e moídas em moinho de facas. Posteriormente, esterilizado por filtração a vácuo e roto-evaporado, para remoção total do solvente. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) foram determinadas pelo método de microdiluição em caldo, com concentrações seriadas que variaram de 200-0,09 mg/mL do extrato. Como controle positivo foi utilizado gentamicina a 200 mg/mL, também foram realizados testes fitoquímicos que revelaram a presença de esteróides livres, triterpenóides pentacíclicos, flavonas, flavanóis e xantonas. Além disso, ocorreu uma variação de CIM e CBM de 12,5mg/mL até 100mg/mL do extrato, sendo que a P. aeruginosa obteve os melhores resultados, com valores de CIM e CBM de 12,5mg/mL, seguido da E. coli e S. aureus com CIM de 12,5mg/mL e CBM de 25mg/mL, K. pneumoniae com CIM e CBM de 25mg/mL, E. faecalis com CIM de 25mg/mL e CBM de 50mg/mL e por fim o P. mirabilis com CIM e CBM de 100mg/mL. Os testes demonstraram a presença de compostos ativos e com potencial antimicrobiano para o extrato hexânico de P. dubium.