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Atualmente, há sobreposição de doenças de grande magnitude populacional, caracterizando uma Sindemia. Trabalhadores de Saúde, expostos aos riscos de contaminação e pressões laborais, vivenciam elevadas taxas de infecção, doença e morte por COVID-19 e, adicionalmente, e da exposição contínua e intensificada ao sofrimento e morte das pessoas, apresentam elevada prevalência de transtornos mentais.
Objetivos
Avaliar a co-ocorrência de adoecimento por COVID-19 e transtornos mentais comuns (TMC) entre trabalhadores/as da saúde (TS), levando-se em consideração aspectos socioeconômicos e do trabalho.
Metodologia
Estudo de corte transversal, com 1.014 trabalhadores da saúde, da atenção básica e da média complexidade de três municípios baianos. A amostra foi aleatória, estratificada por nível de atenção do serviço e ocupação. A coleta de dados empregou questionário estruturado e ocorreu entre abril/2021 e abril/2022. Os TMC (desfecho) foram avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire. A infecção por COVID-19 foi autorrelatada. Foram analisados aspectos socioeconômicos e laborais. Foram calculadas as razões de prevalências, os valores de p, pelo teste qui-quadrado de Pearson, para avaliar a significância estatística das associações.
Resultados
Na população predominou o sexo feminino, pretos e pardos, idade de 40 anos ou mais, sem nível superior. A prevalência de TMC foi 47,8% e Covid-19 32,9%, destes 22,6% tiveram mais de uma vez e 87,1% apresentaram sintomas. Características socioeconômicas e laborais associaram-se à infecção por COVID-19: menos de 40 anos de idade (RP 1,21; p < 0,035); vínculo temporário de trabalho (RP 1,40; p < 0,001); ter outro trabalho (RP 1,37; p < 0,001); jornada semanal maior do que 40 horas (RP 1,32; p < 0,004); alto esforço (RP 1,24; p < 0,022). O COVID-19 associou-se à ocorrência de TMC: ter COVID-19 (RP 1,27; p < 0,003), internação (RP 4,54; p < 0,008) e sequelas da doença (RP 1,80; p < 0,001).
Conclusões/Considerações
Observou-se assim a vivência de uma sindemia entre os TS, com altas prevalências de COVID-19 e TMC, somados a aspectos de vulnerabilidade do trabalho, trazendo o alerta da necessidade de intervenções, pelas instituições de saúde, com oferta de linha de cuidado à saúde mental dos TS, bem como a necessidade de mais estudos que acompanhem os TMC no pós COVID-19.
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