RASTREAMENTO MAMOGRÁFICO E MODALIDADES DE SERVIÇO NA ATENÇÃO BÁSICA NO RIO DE JANEIRO ENTRE 2008 E 2018

Vol 2, 2022 - 163186
Relato de Pesquisa
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Resumo

A magnitude do câncer de mama no Brasil tende a crescer por associar-se especialmente a fatores de risco relativos ao estilo de vida, não passíveis de prevenção primária, tornando a mamografia o principal recurso para controlar a doença. Cabe à Atenção Básica, composta pela Estratégia Saúde da Família e modalidade tradicional, operacionalizar as ações de rastreio e detecção precoce de neoplasias.

Objetivos

Analisar a evolução das coberturas da Estratégia Saúde da Família e da Atenção Básica e a cobertura de mamografia em mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, residentes nos municípios do Estado do Rio de Janeiro entre 2008 a 2018.

Metodologia

Estudo de série temporal entre 2008 e 2018, com dados dos Sistemas de Informações do SUS. Os municípios do estado do Rio de Janeiro foram agrupados por Comissões Intergestores Regionais. A Cobertura de mamografia foi avaliada por uma proxy, obtida pela razão entre o nº de mamografias realizadas por mulheres na faixa etária alvo e a metade do nº de mulheres nesta faixa etária residentes usuárias do SUS. A Cobertura de ESF foi calculada como a razão entre o nº de equipes de ESF x 3.450 e a população residente; a Cobertura de Atenção Básica foi calculada pela razão entre o nº de equipes de modalidade tradicional x 3.000 somada ao nº de equipes de ESF x 3.450, divididos pela população residente.

Resultados

A Cobertura da ESF apresentou aumento de 87% no Estado do Rio de Janeiro com tendência de crescimento estatisticamente significativo em 42% das regiões. A Atenção Básica apresentou tendência de crescimento no período de 2008 a 2018, compatível com a tendência observada para a ESF, refletindo o acréscimo na proporção da ESF como componente da Atenção Primária nas regiões estudadas. Esta expansão, contudo, ocorreu de forma desigual resultando em disparidades na assistência prestada. A cobertura média de rastreamento mamográfico no Estado do Rio de Janeiro variou de 20% em 2008, chegando a 34% em 2014 e retornando para 26% em 2018.

Conclusões/Considerações

A ESF necessita de esforços para sua expansão e consolidação como modalidade de APS de forma homogênea, visando garantir e aumentar o impacto nos indicadores sensíveis à oferta de serviços de saúde. O monitoramento constante do rastreamento mamográfico possibilita o diagnóstico situacional, subsidiando a adoção de medidas de redução na disparidade de acesso à saúde e na organização das ações de detecção precoce do câncer de mama.

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