PREVALÊNCIA DE MYCOPLASMA GENITALIUM E MYCOPLASMA HOMINIS EM JOVENS HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA.

Vol 2, 2022 - 162948
Relato de Pesquisa
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Resumo

Infecções por micoplasmas têm sido reconhecidas como infecções sexualmente transmissíveis (IST) emergentes, contribuindo para uretrite não gonogócica em homens. Em grupos mais vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens (HSH), Mycoplasma genitalium (MG) foi associado a proctite, o que facilita a infecção por HIV, e Mycoplasma hominis (MH) a distúrbios no trato genital, como infertilidade.

Objetivos

O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de Mycoplasma genitalium (MG) e M. hominis (MH) em diferentes sítios anatômicos em jovens HSH, entre 15 e 24 anos, em Vitória da Conquista – BA.

Metodologia

Estudo transversal, com jovens HSH de 15 a 24 anos, realizado entre agosto e dezembro de 2021. O recrutamento foi feito por técnica de amostragem dirigida pelo participante (RDS). As entrevistas foram realizadas em um centro especializado em IST, os participantes responderam um questionário sociodemográfico e amostras biológicas foram coletadas por swab oral, uretral e anal. Para detecção das bactérias, foi feito qPCR. As prevalências de micoplasma (MG e/ou MH), MG e MH em cada sítio anatômico e em pelo menos um dos sítios e seus intervalos de confiança 95% (IC95%) foram calculadas. O software Stata, versão 15.1 foi utilizado nas análises.

Resultados

Do total de participantes deste estudo (n=111), 106 tiveram amostras coletadas em todos os sítios anatômicos. A prevalência de Mycoplasma spp. foi de 25,5% (IC95% 18,0%-34,7%), sendo mais elevada para MH 20,7% (IC95% 14,0%-29,6%) do que MG 7,5% (IC95% 3,8%-14,5%). A prevalência de MH foi maior nos sítios anal (12,3%), oral (9,3%) e uretral (3,8%) quando comparado a MG (4,7%, 1,9% e 1,9%, respectivamente). Não houve significância entre a prevalência e as variáveis idade e escolaridade.

Conclusões/Considerações

Foi observado alta prevalência de micoplasmas nos diferentes sítios anatômicos, principalmente de MH. Apesar do rastreio de rotina em pessoas assintomáticas, e mesmo sintomáticas, não ser consenso internacional, esse estudo ilustra a importância de ampliar a compreensão dessas IST, especialmente em jovens HSH. É importante ainda discutir protocolos apropriados de triagem e tratamento de infecções retais e uretrais por MG/MH nesta população.

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