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As ações afirmativas para ingresso nas instituições de ensino superior possibilitou que indivíduos historicamente excluídos, como aqueles oriundos de escolas públicas, de baixa renda e negros, alcançassem uma formação superior. Apesar da democratização do ensino superior, as desigualdades continuam enormes, e junto soma-se o aumento de casos de discriminação e racismo nestes espaços.
Objetivos
Analisar a discriminação sofrida ou percebida durante a formação em um curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bem como investigar os reflexos na formação e as medidas tomadas para o enfrentamento.
Metodologia
Trata-se de um estudo com delineamento qualitativo e de natureza exploratória-descritiva, cujas informações foram examinadas através da análise de conteúdo categorial temática. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo comitê de ética institucional. Ao todo, foram realizadas nove entrevistas individuais, guiadas pelo roteiro semi-estruturado, com egressos da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, formados no período de 2019 a 2020, de diferentes formas de acesso à universidade e com diferentes autodeclarações de cor.
Resultados
Observou-se que todos entrevistados relataram ter sofrido ou perceberam situações de racismo e discriminação, principalmente pelo gênero. Os egressos cotistas sofreram mais discriminação de raça e classe social, por vezes simultaneamente. Ainda, encontrou-se grande desconhecimento dos entrevistados sobre os canais disponíveis para realizar denúncias. O medo de represálias que poderiam ocorrer, principalmente por parte dos docentes, limitou a procura dos canais de denúncia pelos envolvidos nas situações de discriminação. O apoio entre colegas e coletivos foi importante para superar as situações de discriminação sofridas ao longo da graduação.
Conclusões/Considerações
Os resultados mostram a urgência de criar espaços para debater e propor estratégias para enfrentar as discriminações durante a formação. A implementação de disciplinas para a educação das relações étnico-raciais no currículo do curso é fundamental, bem como o fortalecimento e o apoio entre estudantes e coletivos. Também é necessário dar visibilidade aos canais disponíveis para realizar a denúncia em casos de discriminação e efetivar a denúncia.
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