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Após meses de pandemia da COVID-19, surgiu a nova demanda de pacientes com manifestações a longo prazo, a COVID longa. Em diversos países, o objetivo foi a reorganização dos serviços hospitalares, porém, por mais importante que a atenção terciária seja, é necessário que a atenção primária e secundária também reestruture seus serviços e amplie cuidados com equidade para esta nova demanda.
Objetivos
Verificar as desigualdades socioeconômicas dos indicadores de uso de serviços de saúde dos indivíduos após a infecção pela COVID-19 de acordo com escolaridade e plano de saúde.
Metodologia
Estudo transversal, com indivíduos com 18 anos ou mais, residentes no município de Rio Grande, RS, que tiveram diagnóstico positivo de COVID-19 no período de dezembro/2020 a março/2021. Os desfechos utilizados foram uso de serviços de saúde após a COVID-19, como uso de UBS (Unidade Básica de Saúde), UPA (Unidade de Pronto atendimento), consultório particular e serviços médicos especializados (pneumologista, cardiologista, e psiquiatra). A desigualdade dos desfechos de acordo com o plano de saúde e a escolaridade foi estimada por meio de medidas complexas de desigualdade, como o Slope Index of Inequality (SII) para a desigualdade absoluta e Concentration Index (CIX) para a desigualdade relativa.
Resultados
A análise de CIX teve os seguintes resultados de acordo com plano de saúde e escolaridade, respectivamente: UBS -12,7 (-16,0;-9,3) e -10,1 (-13,6;-6,62), UPA -12,2 (-18,6;-5,9) e -14,0 (-20,3;-7,7), uso de consultório particular 26,6 (23,5;29,8) e 16,1 (12,6;19,6); médicos especialistas 15,2 (11,2;19,3) e 4,5 (1,3;8,2). Já a análise SII apresentou os seguintes resultados UBS -28,2 (-34,3;-22,0) e-17,5 (-23,6; -11,4), UPA -11,7 (-16,3;-7,1) e -8,2 (-12,3;-4,1), Consultório particular 56,0 (50,7; 61,2) e 29,7 (23,9;35,5) médicos especialistas 24,6 (18,7; 30,5) e 8,5 (2,8;14,3).
Conclusões/Considerações
Este estudo mostra que a utilização de consultório particular e médicos especialistas foi maior em quem possuía plano de saúde e maior escolaridade, expondo que há desigualdades no uso desses serviços de saúde. Esta avaliação das desigualdades na utilização de serviços de saúde se faz relevante para fins de identificação de grupos mais vulneráveis e orientação/reorganização dos serviços de saúde para esta nova demanda.
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