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Resumo

13/9/2021 à 17/12/2018

Objeto da experiência

Reflexões produzidas no curso “Desigualdade(s), Interseccionalidade(s) e Pandemia de COVID-19” no IMS/UERJ

Objetivos

O objetivo do curso foi promover o diálogo entre as 3 áreas da Saúde Coletiva, bem como entre a academia, o Estado e os ativismos, para refletir sobre a articulação e o aprofundamento de desigualdades sociais no contexto da pandemia de COVID-19 no Brasil à luz de uma perspectiva interseccional.

Metodologia

A disciplina foi construída por estudantes e docentes de 3 áreas da SC e contou com duas unidades. A primeira apresentou ferramentas conceituais para analisar as desigualdades (teorias da democracia, determinantes/determinação social da saúde e interseccionalidade). A segunda, abordou diferentes temáticas sobre as desigualdades na pandemia (“gênero, direitos sexuais e reprodutivos”; “trabalho, classe, renda e vulnerabilidade”; “saúde de crianças/adolescentes”; “racismo e branquitude” etc).

Resultados

O curso foi idealizado por um GT de alunes e docentes dos 3 Departamentos do IMS-UERJ, e contou com convidades da academia, do Estado e de movimentos sociais. Foram 52 inscrições de estudantes de pós-graduação de diferentes estados do Brasil, com presença média de 30 pessoas nos encontros semanais via zoom. Houve predominância de estudantes da CHS, seguida pelo PPAS e, depois, Epidemiologia. Para a avaliação, os estudantes optaram em sua maioria por trabalhos escritos e, alguns, em audiovisual.

Análise Crítica

A conjuntura pandêmica em contextos de extrema desigualdades como no Brasil exige ferramental teórico-metodológico que explique a sua complexidade. No curso a articulação entre pessoas de diferentes regiões e formações somada a decisão pela perspectiva interseccional nos permitiu análises aprofundadas mesmo dadas as limitações e desgastes provocados pelo ensino remoto. Analisar criticamente a conformação dos processos de saúde-doença pela via interseccional se mostra urgente para o campo.

Conclusões e/ou Recomendações

A experiência parte da falta de articulação entre as três áreas da SC. Apesar da baixa presença de estudantes da epidemiologia e predominância das CHS, as articulações teórico-metodológicas, bem como o diálogo com movimentos e atores fora da academia, mostraram-se fundamentais na compreensão das desigualdades. Apontamos para a potência de experiências desse tipo para a compreensão mais complexa de fenômenos multifacetados como a pandemia de COVID-19.

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Eixo Temático
  • Eixo 11 - Educação e Formação em Saúde Coletiva