DESIGUALDADE SOCIAL E A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PRÉ E PÓS COVID-19

Vol 2, 2022 - 161012
Relato de Pesquisa
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Resumo

A COVID‐19 impactou a população mundial resultando em medidas rigorosas restringindo a circulação de pessoas e a prática de atividade física (AF). Estudos indicam que indivíduos com status socioeconômico baixo são menos propensos a se envolverem em práticas saudáveis, entretanto, indivíduos que residem em área nobre, com nível de educação e renda mais alta, são mais engajados em práticas de AF.

Objetivos

Investigar o efeito da desigualdade social na prática de atividade física em indivíduos antes e depois do acometimento da COVID-19 em adultos e idosos residentes no município de Rio Grande/RS.

Metodologia

Estudo transversal realizado com 2.919 adultos que tiveram diagnóstico de COVID-19 de dez/2020-mar/2021. Foram utilizados os desfechos “prática de exercício físico nos 12 meses antes da infecção pela COVID-19 e prática de exercício físico após a infecção pela COVID-19. A desigualdade na prevalência de prática de exercício físico de acordo com escolaridade e classe econômica foi estimada por meio de medidas complexas de desigualdade, como o Slope Index of Inequality (SII) para a desigualdade absoluta e Concentration Index (CIX) para a desigualdade relativa.

Resultados

Na análise bruta e ajustada observou-se um aumento da desigualdade após a infecção pela COVID-19. Para variável atividade física e escolaridade, após a infecção pela COVID-19, observou-se uma CIX de 17,07 (IC95%: 13.74;20.39) e SII de 30.1 (IC95%: 24.4;35.8) favorecendo aqueles que possuem maior escolaridade. Na variável atividade física e classe econômica, observou-se após a infecção pela COVID-19, CIX de 13,83 (IC95%: 10.4;17.26) e SII de 24.1 (IC95%: 19.0;29.8), igualmente beneficiando aqueles indivíduos que possuem maiores proventos.

Conclusões/Considerações

Diante disso, indivíduos com maior grau de escolaridade e com renda elevada após sua infecção por covid-19 realizaram mais exercício físico.Assim, sugere-se que políticas públicas e promoção da saúde, direcionadas a indivíduos e populações inativas e com menor grau de escolaridade e renda, forneçam suporte essencial para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar durante e após a pandemia.

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