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A última década foi marcada pelo reconhecimento dos efeitos deletérios à saúde de padrões alimentares baseados em alimentos ultraprocessados. Crianças pequenas representam a população de maior preocupação, pois esses produtos são hiper palatáveis e convenientes, e contam com um marketing persuasivo. Poucos estudos avaliaram a relação entre alimentos ultraprocessados e saúde na primeira infância.
Objetivos
Este estudo tem como objetivo descrever o consumo de alimentos ultraprocessados em crianças, dos 2 aos 4 anos de idade, e avaliar sua associação com desfechos de crescimento durante o mesmo período.
Metodologia
Trata-se de um estudo de coorte prospectivo utilizando dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas-Brasil 2015. Os índices antropométricos avaliados nos seguimentos de 2 e 4 anos foram os escores-z de comprimento/estatura-para-idade e de Índice de Massa Corporal (IMC)-para-idade, calculados a partir do peso e comprimento/estatura. A exposição foi um escore de consumo de alimentos ultraprocessados, calculado para cada acompanhamento pela soma das respostas positivas para o consumo de nove alimentos ou subgrupos de alimentos ultraprocessados pré-determinados. Análises brutas e ajustadas entre a exposição e os desfechos de crescimento foram feitas pelo método Generalized Estimating Equations.
Resultados
A prevalência de consumo de alimentos ultraprocessados aumentou dos 2 aos 4 anos de idade, para todos os itens ou subgrupos avaliados. Em análises ajustadas prospectivas, maior escore-z de IMC-para-idade (coef. 0,02, IC 95% 0,01; 0,03) e menor escore-z de comprimento/altura-para-idade (coef. -0,03, IC 95% -0,04; -0,02) foram observados com o aumento de um ponto no escore de alimentos ultraprocessados (valor-p para tendência linear
Conclusões/Considerações
O consumo de alimentos ultraprocessados, medido por meio de um questionário curto com baixa carga para pesquisadores e respondentes, aumentou dos 2 aos 4 anos de idade e foi relacionado a índices deletérios de crescimento na primeira infância. Esses resultados reforçam a importância de evitar o consumo desses produtos na infância para prevenir a dupla carga de desnutrição e doenças crônicas não transmissíveis ao longo da vida.
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