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De dezembro de 2020 até maio de 2022.
Objeto da experiência
Avaliar o processo de implementação do software Sentinela para Vigilância de Saúde do Trabalhador.
Objetivos
Apresentar os resultados quantitativos de notificações após a implementação do software de notificação Sentinela para acidentes e agravos relacionados ao trabalho no município de Porto Alegre.
Metodologia
Foram utilizados os indicadores quantitativos extraídos das fichas de notificações compulsórias do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), antes e após a oferta do Sentinela (software de extração e análise de informações de interesse da Vigilância em Saúde do Trabalhador) aos serviços notificantes para efeito de comparação. Assim, possibilitou-se uma análise da situação atual da saúde do trabalhador e o impacto do software na vigilância em saúde do trabalhador.
Resultados
O Sentinela contribuiu para diminuir a subnotificação dos acidentes de trabalho. Nos dezoito meses anteriores ao Sentinela ocorreram 5.481 notificações, enquanto nos dezoito meses posteriores foram registradas 9.104, aumento de 66%. O uso desburocratizou e otimizou o processo de notificação tanto para os notificantes quanto para a equipe do CEREST/POA, devido à informatização do processo de notificação e a integração com outros sistemas de dos serviços de saúde de Porto Alegre.
Análise Crítica
O Sentinela reduziu os campos de preenchimento das fichas do SINAN para o notificante de 58 a 69 (depende da ficha de notificação) para 08 quando integrado aos sistemas do estabelecimento e 14 se utilizado em ambiente web, melhorando assim, a qualidade dos dados (quanto à completitude dos campos). Logo, contribuiu para a redução do tempo empregado para notificar e gerou dados qualificados para a adoção de medidas de prevenção e promoção da saúde dos trabalhadores mais úteis e oportunas.
Conclusões e/ou Recomendações
O Sentinela qualificou o sistema de vigilância de saúde do trabalhador em Porto Alegre/RS. Entre as possíveis recomendações podemos citar a disponibilização da tecnologia para Municípios, Estados e Ministério da Saúde, uso do Sentinela em outros sistemas de vigilância, integração com SINAN e futura adição do cálculo dos custos dos procedimentos por doença ou acidente, registrados no SUS (SIGTAP) ao programa.
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