ABSENTEÍSMO NO SERVIÇO PÚBLICO POR TRANSTORNOS MENTAIS E DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS

Vol 2, 2022 - 159906
Relato de Pesquisa
Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Resumo

O adoecimento por transtornos mentais (TM) e por distúrbios musculoesqueléticos (DME) no ambiente de trabalho, além de reduzir a qualidade de vida e implicar em incapacidade, gera custos ao erário público e dias de trabalho perdidos. Tal fenômeno é chamado de absenteísmo doença, que é a ausência ao trabalho com amparo legal, podendo ter relação com aspectos da atividade laboral.

Objetivos

O objetivo do estudo é identificar o perfil de adoecimento e a frequência do absenteísmo relacionado aos transtornos Mentais (TM) e Distúrbios musculoesqueléticos (DME) entre os servidores do judiciário de um estado federativo.

Metodologia

Foram analisados dados secundários de uma coorte retrospectiva fixa de 2.662 indivíduos com seguimento de 2011 a 2020 sobre o absenteísmo por DME e TM dos trabalhadores do judiciário de um estado Federativo. O absenteísmo foi reconhecido através do registro da classificação internacional (CID) das doenças por médicos externos à instituição e homologadas pelos médicos da instituição ou realizadas diretamente por estes. Descreve-se o perfil dos trabalhadores que compõem a coorte, calculadas as frequências absolutas e relativas de afastamentos por CID por agrupamentos de instâncias do serviço judiciário.

Resultados

No período analisado, houve 14.932 afastamentos ; 19,6% se deram por DME e 10,8% por TM. Durante o período, 74,4% dos indivíduos da 1ª instância, 75,9% da 2ª instância e 87,8% do administrativo se afastaram pelo menos uma vez . A média de dias de afastamento por DME na 1ª, 2ª instância e administrativo foi de 14,5; 11,6 e 11,5 dias, respectivamente. Já para os afastamentos por TM, a média de dias foi de 27,4; 20,6 e 28,2 dias. A frequência de afastamentos por DME foi maior no administrativo correspondendo a 21,5%. Já os TM foram maiores dentre os trabalhadores na segunda instância, correspondendo a 14%.

Conclusões/Considerações

Os TM levaram a maior número de dias de afastamento do que os DME, porém estes tiveram maior frequência. A literatura traz que DME limitam os indivíduos na realização das suas tarefas de vida diária, incapacitam e associam-se aos TM através do sofrimento mental. Estudos sobre a trajetória dos absenteísmos por DME e TM devem ser realizados para melhor compreender o contexto de trabalho e as implicações no adoecimento.

Compartilhe suas ideias ou dúvidas com os autores!

Sabia que o maior estímulo no desenvolvimento científico e cultural é a curiosidade? Deixe seus questionamentos ou sugestões para o autor!

Faça login para interagir

Tem uma dúvida ou sugestão? Compartilhe seu feedback com os autores!

Eixo Temático
  • Eixo 07 - Saúde Coletiva e as transformações no mundo do trabalho