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Objetivou-se verificar a influência de fatores ambientais sobre a produção de leite no Agreste de Pernambuco através do Índice de Temperatura e Umidade (ITU), Declínio Absoluto da Produção de Leite (DPL) e Redução do Consumo Alimentar de bovinos (RCA). O estudo foi realizado para o município de Garanhuns (Latitude: 08º53'25"; Longitude: 36º29'34" e Altitude: 842 m), situado na Microrregião do Agreste Meridional de Pernambuco. Os dados meteorológicos referente temperatura do ar (Tar) e umidade relativa (UR, %) da região foram obtidos por meio do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, compreendendo o período de 1995 a 2007, sendo utilizados para calcular o ITU, DPL e a RCA. Para o cálculo do DPL foram levados em consideração níveis normais de produção de 10, 20 e 30 kg de leite vaca-1 dia-1. Os valores de Tar pouco variaram (19,66 °C a 24 °C), possuindo média igual a 22,24°C ± 1,70°C. Já a UR apresentou oscilação entre 72,68% e 91%, com média igual 82,06% ± 6,73%. Para os valores de ITU, observou-se pouca variação no decorrer dos meses (66,63 a 72,68), com média igual 70,27 ± 2,33, classificando o ambiente como confortável (ITU < 74). Na Avaliação do DPL para os meses com Tar mais elevada, vacas que produzem 10 kg, não apresentaram declínio na produção de leite, enquanto vacas que produzem 20 e 30 kg, podem sofrer declínio entre 0,06 a 0,17 kg de leite dia-1 e 0,08 a 0,47 kg de leite dia-1 respectivamente. Nos meses mais frios, não houve declínio. O RCA só foi constatado nos meses mais quentes, 0,12 kg vaca-1 dia-1. A região de Garanhuns mostra-se apta ao desenvolvimento da atividade bovino leiteira, classificando-se como ambiente confortável mesmo em meses com a combinação de temperaturas elevadas e umidade relativa baixa. Além disso, nota-se que mesmo em épocas com meses mais quentes, tanto o DPL quanto o RCA sofreram influência mínima, o que possibilita analisar uma estratégia de produção durante todo o ano.