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Análise da percepção de Agricultores Familiares do Assentamento 26 de Outubro em Pompéu-MG sobre a Piscicultura

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Objetivou avaliar a percepção dos agricultores familiares do Assentamento 26 de Outubro de Pompéu–MG em relação à aquacultura. A pesquisa foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com 12 produtores familiares da comunidade e, as respostas foram analisadas de forma qualitativa. Estes produtores fazem parte de um trabalho de extensão universitária município e demandaram um projeto comunitário para a implantação de sistemas produtivos aquícolas. As principais expectativas destes agricultores com relação à produção de peixes foram o aumento da renda familiar, a comercialização da produção de uma forma não subordinada, o aproveitamento dos recursos hídricos, a diversificação da fonte de renda familiar, a ocupação da mão de obra familiar. Os produtores percebem que possuem poucos conhecimentos sobre a produção aquícola. No tocante a comercialização dos produtos os produtores demonstraram desconhecimento das alternativas, grande dispersão das respostas, e respostas que contradiziam o desejo de inclusão em sistemas de produção não subordinados ao desejarem vender a produção para atravessadores. Os produtores também demonstraram o interesse em se incluírem em políticas públicas de compra direta da produção familiar e também de aquisição de crédito, apesar de apresentarem pouco conhecimento sobre como isso pode ser feito. A percepção comunitária destes produtores também é deficiente, sendo necessários trabalhos de mobilização comunitária e desenvolvimento de comunidade para o sucesso de formas de produção cooperativa e associativa. Conclui-se que os produtores percebem a aquacultura como uma alternativa para a diversificação e aumento da renda familiar, porém que possuem escassos conhecimentos destes sistemas produtivos e que não estão preparados para uma ação cooperativa e associativa. O sucesso destes sistemas depende de um trabalho de extensão rural para além da concepção produtivista-tecnicista.