Biotransformação de proteínas de insetos por micro-organismos probióticos para produção de peptídeos bioativos

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Trabalho
  • Eixo temático: TECNOLÓGICAS
  • Palavras chaves: insetos; probióticos; peptídeos bioativos;
  • 1 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
  • 2 Unicamp
  • 3 Universidade Estadual de Campinas

Biotransformação de proteínas de insetos por micro-organismos probióticos para produção de peptídeos bioativos

ARIEL VINICIUS FAVORETTO FERMINO FAHL

Unicamp - Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Os insetos apresentam-se como uma fonte emergente de proteínas, podendo ser, portanto, importantes substratos para a produção de peptídeos bioativos, os quais são definidos como frações específicas de proteínas com efeitos benéficos sobre o organismo ou sistemas nos quais estejam incorporados. Dentre as atividades biológicas já reportadas para estas moléculas estão efeitos antioxidantes, anti-hipertensivos e antimicrobianos. A fermentação microbiana é um dos principais processos para obtenção desses peptídeos, e apresenta como vantagens a produção de outros metabólitos benéficos e a possibilidade de obtenção de um produto carreador de micro- organismos probióticos. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a biotransformação de proteínas de grilo-preto por processo fermentativo submerso utilizando a levedura probiótica Saccharomyces boulardii para obtenção de um produto rico em peptídeos antioxidantes. Uma cinética da fermentação de 96 h, com coleta de amostras a cada 24h, foi realizada e os principais resultados obtidos foram: maior número de células viáveis (2˟10^9 UFC/mL) em 48 h de fermentação, alta atividade da enzima invertase (33,65 U/mL) em 24 h, atividade de proteases não detectada, redução progressiva da atividade antioxidante mensurada pelo método ABTS ao longo da cinética e aumento de 27% na capacidade de eliminação de radicais DPPH para o produto obtido em 72 h de fermentação em comparação com o ensaio controle (não fermentado).

Apoio/Financiamento da Pesquisa: PIBIC/CNPq

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Autor

ARIEL VINICIUS FAVORETTO FERMINO FAHL

Muito obrigado pela atenção e feedback Alex!

Autor

ARIEL VINICIUS FAVORETTO FERMINO FAHL

Olá Allan, muito obrigado pelos comentários e perguntas, tentarei respondê-las de
forma que sejam esclarecidas.

 

  1. Com relação à produção de enzimas proteolíticas pelo micro-organismo, com certeza estudar condições diferentes de cultivo e otimizar estas condições poderia afetar diretamente o metabolismo da levedura e consequentemente a produção de proteases. No nosso caso específico, as leveduras possuem uma peculiaridade que é a produção destas enzimas de forma endógena. Diante disso, acreditamos que a levedura até produziu proteases, visto que tivemos modificações nas atividades biológicas das proteínas, mas não as excretou no meio de cultivo. Para termos certeza, o ideal seria promover a autólise das células de levedura para tentar recuperar as enzimas produzidas de forma endógena. Como não tivemos tempo de realizar essa etapa, não conseguimos detectar a atividade de protease. Com relação aos outros micro-organismos, temos uma série de bactérias e fungos filamentosos que são bons produtores de proteases e que poderiam ser aplicados para este fim. O Aspergillus oryzae, por exemplo, é um fungo filamentoso largamente utilizado na indústria de alimentos, é GRAS e é um grande produtor de proteases extracelulares, sendo uma possibilidade muito interessante para este fim.
  2. As principais sugestões que eu daria seriam: 
  • Abordagem da influência de outros parâmetros de processo que estimulem a produção de peptídeos bioativos com diferentes mecanismos de ação;
  • Utilização de diferentes micro-organismos (bactérias e fungos filamentosos) como agentes de biotransformação;
  • Identificação de peptídeos e de produtos do metabolismo microbiano que possam conferir atividades biológicas;
  • Verificação do potencial probiótico destes produtos, uma vez que a levedura aplicada possui essa alegação;
  • Realização de testes mais sofisticados (cultura de células ou testes in vivo) para verificação dos potenciais biológicos dos produtos obtidos;
  • Aplicação dos produtos obtidos como ingredientes em formulações alimentícias.

Espero ter esclarecido as suas dúvidas e agradeço pela análise realizada do meu
trabalho.