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Tecnologia Social e Transição Agroecológica: experiência de coletivos de mulheres em assentamentos rurais do estado de São Paulo

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Este trabalho busca trazer o diálogo entre as tecnologias sociais e a agroecologia, através das experiências de coletivos de mulheres em assentamentos rurais do estado de São Paulo. Tem-se como objetivo identificar grupos de mulheres existentes em assentamentos rurais, reconhecer as contribuições das tecnologias sociais para a transição agroecológica dentro desses grupos e observar a importância destas tecnologias para a autonomia feminina. A base metodológica utilizada é qualitativa, realizando entrevistas (semi-estruturadas) e observações de campo. Tem-se como resultados que há muita dificuldade em manter os grupos de mulheres organizados e produtivos, mas observou-se que os grupos mais antigos e consolidados conquistaram sua autonomia e reconhecimento, com raízes no conhecimento local, popular e agroecológico. Em pesquisa a campo no assentamento rural 12 de outubro com a Associação de Mulheres Agroecológicas (AMA) e no assentamento rural Pirituba II com a Cooperativa de Plantas Medicinais (COOPLANTAS) identificou-se como tecnologia social a forma de produção de ervas medicinais e alimentos, e também a solução para problemas de saneamento ambiental. Desta forma conclui-se que apoiar e incentivar a organização de grupos de mulheres colabora com o surgimento de tecnologias sociais e fortalece o movimento agroecológico e a economia solidária.