90408

Dance, Value And Politics

Dança, Valor e Política
Favoritar este trabalho

We are living through a time in which our personal, political and professional value systems are being consistently challenged. Austerity, crises, shock election results, ‘fake news’ and conflict are reconfiguring the way we live in, and experience the world. This paper examines
some of the value systems at play in contemporary dance, considering how theyrespond to and reflect changing socio-political paradigms. The value of dance has been theorised from multiple perspectives. Some see the form’s value as primarily social (Hanna 1987), whereas
others focus on its aesthetic (McFee 2011) or political (Lepecki 2016) dimensions. However, each of these perspectives focus on the audience or student, meaning that, to date, little academic attention has been paid to how artists value their own work. The global financial
crisis of 2007 and subsequent period of austerity had a significant impact on the arts and contemporary dance has been directly affected by the reduction to arts funding. Over the past 10 years, artists and companies have sought new models and strategies to continue
their work. However, making or performing work that is driven by commercial success, in the form of bookings and ticket sales, is often viewed negatively by members of the dance community. For example, in response to his ethnographic study of contemporary dancers in
Brussels, Rudi Learmans suggests that dance artists are willing to sacrifice economic stability in order to contribute to the development of the form (2016: 290-322), highlighting the role of non-economic value systems. Drawing on interviews with dance artists in the UK and
Brazil, I discuss how artists think about the value of their work, and consider how these perspectives relate to socio-political structures and philosophical discussions about the value of art.


Estamos vivendo uma época em que nossos sistemas de valores pessoais, políticos e profissionais estão sendo constantemente desafiados. Austeridade, crises, resultados chocantes nas eleições, fake news e conflitos estão reconfigurando o modo como vivemos e experimentamos o mundo. Este artigo examina alguns dos sistemas de valores em jogo na dança contemporânea, considerando como eles respondem e refletem os paradigmas sociopolíticos em transformação. O valor da dança foi teorizado a partir de múltiplas perspectivas. Alguns veem o valor da forma como basicamente social (Hanna 1987), enquanto outros se concentram em suas dimensões estéticas (McFee 2011) ou políticas (Lepecki 2016). No entanto, cada uma dessas perspectivas se concentra no público ou na experiência do aluno, o que significa que, até o momento, pouca atenção acadêmica foi dada à forma como os artistas valorizam seu próprio trabalho. A crise financeira global de 2007 e o período subsequente de austeridade tiveram um impacto significativo nas artes e a dança contemporânea foi diretamente afetada pela redução do financiamento das artes. Nos últimos 10 anos, artistas e empresas buscar am novos modelos e estratégias para continuar seu trabalho. No entanto, fazer ou executar um trabalho que seja impulsionado pelo sucesso no mercado, na forma de reservas e vendas de ingressos, é frequentemente visto de forma negativa pelos membros da comunidade de dança. Por exemplo, em resposta ao seu estudo etnográfico de bailarinos contemporâneos em Bruxelas, Rudi Learmans sugere que os artistas da dança estão dispostos a sacrificar a estabilidade econômica, a fim de contribuir para o desenvolvimento da forma (2016: 290 322), destacando o papel de não sistemas de valor econômico. Com base em entrevistas com artistas de dança no Reino Unido e no Brasil, discuto como os artistas pensam sobre o valor de seu trabalho e considero como essas perspectivas se relacionam com estruturas sociopolíticas e discussões filosóficas sobre o valor da arte