O seminário internacional Trans-in-Corporados: Construindo Redes para a Internacionalização da Pesquisa em Dança é uma realização do Laboratório de Crítica (LabCrítica) do Departamento de Arte Corporal – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A primeira edição, realizada no Museu de Arte do Rio (MAR), nos dias 10 e 11 de Novembro de 2017, contou com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ, e com a parceria do Festival Panorama e do Museu de Arte do Rio. O evento reuniu investigações de/sobre dança e suas interfaces voltadas à reflexão de processos e políticas de tradução, remixação e disseminação. Participaram do evento mais de 100 pesquisadores, artistas e agentes culturais atuantes em várias partes do Brasil e em outros países como Alemanha, Colômbia, Estados Unidos, França, Islândia, Noruega, Portugal, Reino Unido e Uruguai, compondo uma vasta programação de conferências, painéis, debates e experimentos artísticos no MAR e região portuária da cidade do Rio de Janeiro.

Trans-In-Corporados surgiu para impulsionar e difundir a criação do recente Programa de Pós-Graduação em Dança da UFRJ (PPGDan – UFRJ) – Mestrado em Dança (em fase de validação) – e para inserir o programa nas conversações que outros programas e as redes de pesquisa da área vêm atualmente desenvolvendo no Brasil e no exterior. Além de professores do PPGDan – UFRJ, o comitê científico da edição 2017 foi formado por artistas-pesquisadores convidados de várias universidades do Brasil, dos Estados Unidos e do Reino Unido. 

Em 2017, a co-curadoria de experimentos artísticos foi realizada através da parceria LabCrítica e MAR. O Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA e o Centro Coreográfico do Rio de Janeiro foram parceiros institucionais do evento.
 

Provocações

Como as práticas de danças e de outras artes têm reinventado o estar com? Como movimentos e corpografias atuam na interação com o outro? Como construímos estratégias de hospitalidade, de mobilidade e de redes de intercâmbio entre artistas, instituições, linguagens e outros agentes para uma internacionalização solidária? Por que pensar em internacionalização e que tipo de internacionalização nos interessa? Quais questões ético-políticas emergem como desafios para a disseminação de nossas produções no atual contexto econômico-político do Brasil e do mundo? Que diagnósticos críticos podemos fazer sobre a inserção e a recepção das pesquisas em dança do Brasil nos Estados Unidos, na Europa, na América Latina e em todo Sul Global? Como performatizar traduções para além do regime fonologocêntrico? O que resiste, o que se perde e o que se recombina nos processos de tradução? Como noções de iterabilidade, reenactment, intermidialidade, incorporação e excorporação podem expandir a pesquisa em dança? Quais poéticas, epistemologias, sistemas e formas de pensamento sobre tradução, remixação e disseminação reconfiguram os modos de pensar-fazer a cena contemporânea da dança e suas interfaces? Quais plataformas e tecnologias colaboram com esse debate? Como solidariedade e porosidade entre fronteiras são ou podem ser abordadas em processos e discursos coreográficos e que efeitos eles produzem? Como os estudos de dança podem repensar a mobilidade internacional, os fluxos migratórios, as heterotopias, as utopias, as heranças e as diásporas?

A partir dessas provocações temáticas, pesquisadores e artistas de todas as áreas, residentes no Brasil e no exterior, submeteram propostas de papers, mesas e experimentos artísticos em diálogo com três eixos de debate (linhas de pesquisa do PPGDan – UFRJ): 1 – Performance e Performatividades da Dança; 2 – Poéticas e Interfaces da Dança; e 3 – Dança-Educação.

Os textos completos das comunicações orais e das principais conferências, bem resenhas críticas da edição de 2017, podem ser conferidos neste site. Vídeos e fotos podem ser acessados na midiateca do site labcritica.com.br.

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