Caracterização físico-química e quantificação de compostos fenólicos e antocianinas da fruta Bacaba (Oenocarpus spp.) da Amazônia mato grossense

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Caracterização Química e Físico-química de Alimentos (FQ)
  • Palavras chaves: fruta amazônica; antioxidantes; Xingu;
  • 1 Campus Bela Vista / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
  • 2 Empresa mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural

Caracterização físico-química e quantificação de compostos fenólicos e antocianinas da fruta Bacaba (Oenocarpus spp.) da Amazônia mato grossense

Carolina Balbino Garcia dos Santos

Campus Bela Vista / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso

Resumo

Na Amazônia matogrossense existe uma palmeira frutífera chamada Bacabeira que produz o fruto bacaba (Oenocarpus spp.), consumida pela população local de forma semelhante ao açaí, entretanto não é muito explorada comercialmente. É considerada uma fruta oleaginosa e fonte de compostos fenólicos e antocianinas. Este trabalho objetivou realizar a caracterização físico-química e determinar os teores de compostos fenólicos e antocianinas da bacaba coletada na região do Xingu. As frutas colhidas foram selecionadas, lavadas, higienizadas, escaldadas a 60 °C durante 15 minutos, despolpadas manualmente e congeladas até o dia das análises. As análises centesimais, pH, sólidos solúveis totais, acidez total titulável e atividade de água foram feitas de acordo com o Instituto Adolfo Lutz e AOAC. A cor foi determinada por colorimetria no sistema CIELAB. O teor de antocianinas foi quantificado por espectrofotometria UV-Visível. Os compostos fenólicos totais foram determinados pelo método de Folin-Ciocalteau. Os resultados encontrados foram umidade de 48,55%, cinzas 1,08g/100g, proteína 2,58g/100g, lipídios 34,94g/100g, carboidratos 12,85g/100g, sólidos solúveis totais 3,57 °Brix, atividade de água 0,98, pH 5,22, acidez total titulável 0,40g de ác. cítrico/100g. Os valores médios da cor obtidos foram L*37,39, a*3,16, b*1,75, C*3,61 e Hº 28,92, indicando que a cor da polpa está próxima da região do roxo ou vermelho-escuro e com pouca saturação. Os valores obtidos na quantificação de compostos fenólicos e antocianinas foram de 628,74mg de ácido gálico/100g e 79,73mg de cianidina/100g, respectivamente. Pode-se concluir que a babaca (Oenocarpus spp.) possui alta quantidade de lipídios, apresentou-se como um fruto pouco ácido, levemente doce, de coloração escura devido a concentração de antocianinas, por isso sua incorporação na dieta pode contribuir de maneira importante na ingestão de compostos com capacidade antioxidante capazes de promover benefícios à saúde. Sugere-se que outros estudos sejam desenvolvidos para conhecer as potencialidades da fruta como uma matéria-prima para ingredientes e alimentos funcionais.

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Autor

Carolina Balbino Garcia dos Santos

Olá, Amanda! Tudo bem?!

Sobre sua dúvida em relação aos 11 pontos utilizados na curva padrão, foi uma decisão do grupo porque não tinhamos nenhuma informação sobre a concentração destes compostos na fruta. Para não corrermos o risco de fazermos uma curva que não compreendesse o ponto de concentração da amostra, resolvemos fazer uma faixa mais ampla para não ter que repetir a curva com concentrações ajustadas. Normalmente trabalhamos com cinco, mas especificamente para a bacaba, fizemos assim porque era uma amostra desconhecida para gente. Espero ter esclarecido e agradeço por interagir no nosso trabalho. Forte abraço.

Autor

Carolina Balbino Garcia dos Santos

Amanda,

No meu doutorado, a pesquisa terá outros objetivos, mas pretendo sim estudar a capacidade antioxidante. Já fizemos alguns ensaios para um TCC e parece que os resultados são promissores, mas queremos fazer isso novamente, porque achamos que a forma que preparamos a amostra neste ensaio pode ter nos dado um resultado não muito coerente.