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TEOR DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM CAFÉS DE DIFERENTES NACIONALIDADES

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Considerando a escassez de dados na literatura sobre a caracterização de compostos bioativos em cafés de diferentes nacionalidades, o objetivo do estudo foi investigar os teores de ácidos clorogênicos (CGA) e cafeína em 31 amostras de café torrado e moído de marcas populares de diferentes países (14 do Brasil e 17 de países da América do Sul e do Norte e Ásia), por HPLC-DAD. A cor instrumental também foi determinada (Colorgap,Leogap, e AGTRON-SCAA). Os resultados foram analisados por Teste- t não pareado e correlação de Pearson (GraphPadPrism, 5.0. EUA, sendo diferenças consideradas quando p<0.05). Oito CGA foram quantificados: ácidos cafeoilquínicos (3-CQA, 4-CQA e 5-CQA), feruloilquínicos (4-FQA, 5-FQA), e dicafeoilquínicos (3,4-diCQA, 3,5-diCQA e 4,5-diCQA). Não houve diferença entre o teor médio de CGA nas amostras brasileiras (1,07±0,82 g%) e internacionais (1,16±0,86g%). O mesmo aconteceu com os teores de cafeína nos cafés brasileiros (1,37±0,51g%) e internacionais (1,54±0,82 g%). Considerando a cor instrumental, os cafés nacionais apresentaram grau de torrefação de moderadamente escuro a claro (cor instrumental, média 65), enquanto nos cafés internacionais, variou de médio a muito claro (cor instrumental média 75). Houve correlação positiva (r=0,85, p< 0,05) entre o teor total de CGA e o grau de luminosidade em todas as amostras investigadas. Tendo em vista os resultados apresentados de cor, observa-se que as indústrias brasileiras tendem a torrar seus cafés demasiadamente, o que provavelmente não foi refletido na comparação da concentração média de CGA com a das amostras internacionais devido a grande variação entre os teores das amostras.