A adição de substâncias estranhas ao leite está relacionada a fraudes que podem ocorrer desde a fonte de produção até a fase de comercialização. Tais substâncias são classificadas de várias maneiras, de acordo com a finalidade de seu uso. Pode-se tratar de substâncias conservadoras e/ou inibidoras, de substâncias redutoras da acidez ou ainda de substâncias reconstituintes da densidade. Objetivou-se identificar possíveis adulterações no leite pasteurizado através das análises de alcalinos, amido e cloretos. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Análises Fisico-químicas de Alimentos da Faculdade de Tecnologia CENTEC FATEC – Cariri. Foram coletadas quatro amostras de produtores diferentes em um laticínio localizado no Município de Juazeiro do Norte – CE. A determinação de alcalinos foi realizada com a solução de azul de bromotimol a 1%, amido com solução de lugol e cloretos com as soluções de nitrato de prata a 10% e cromato de potássio a 5%. Todas as amostras apresentaram para alcalinos, coloração amarela indicando a ausência de substâncias conservadoras e/ou inibidoras. Para amido duas amostras apresentaram coloração azul, indicando a presença de substâncias amiláceas, podendo ter sido adicionada ao leite com intuito de reconstituir a densidade. No teste de cloretos todas as amostras apresentaram coloração marrom, ou seja, as amostras não estavam contaminadas, essa substância também é um conservante e/ou inibidor do leite. Portanto, os resultados indicam que dentre as amostras, duas apresentaram presença de adulterantes, podendo ser consideradas fraudadas.