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ANÁLISE DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM AZEITES DE OLIVA EXTRAVIRGEM PRODUZIDOS A PARTIR DE DIFERENTES VARIEDADES DE AZEITONAS CULTIVADAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS

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No Brasil, o azeite de oliva extravirgem (EVOO) comercializado nos supermercados é importado de países da Europa ou da América Latina. Há alguns anos, algumas instituições de pesquisa agronômica se aventuraram no cultivo de oliveiras para a posterior produção de EVOO brasileiro. Minas Gerais (MG) foi o estado responsável pela extração do primeiro EVOO nacional. O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de compostos fenólicos de 18 amostras de EVOO produzidos em MG, a partir de diferentes variedades de azeitonas e dois períodos de colheita. De 2010, foram analisados azeites Grappolo 561, Cornicabra, Tafahi 390, Ascolano 322, Grappolo 575, Arbequina, Alto D’Ouro, Negroa, Clone 113 e JB1, enquanto do ano de 2011 foram analisadas os azeites Maria da Fé, Mission, Grappolo 575, Arbequina, Alto D’Ouro, Negroa, Clone 113 e JB1. Os compostos fenólicos foram analisados por eletroforese capilar de zona com detector de arranjo de diodos (CZE-DAD) após extração líquido-líquido com metanol:água (60:40). O método por CZE foi devidamente validado e permitiu quantificar os compostos fenólicos tirosol (NQ-155,21 mg.kg-1), (+)-pinoresinol (2,89-22,64 mg.kg-1), hidroxitirosol (NQ-37,74 mg.kg-1) e luteolina (1,83-2,23 mg.kg-1). Em algumas amostras foram detectados, abaixo do limite de quantificação, os compostos apigenina, ácido p-cumárico, ácido vanílico, ácido p-hidroxibenzoico e ácido 3,4-dihidroxibenzoico. Houve diferença significativa (p < 0,05) entre as diferentes variedades, bem como entre os diferentes períodos de colheita das azeitonas. Os teores encontrados são consistentes com dados da literatura, indicando que o EVOO produzido no Brasil possui composição de fenólicos similar ao de EVOOs produzidos em outros países.