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FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES NA POPULAÇÃO VULNERÁVEL DE RUA CENTRAL DE SÃO PAULO DA FAIXA ETÁRIA DOS 18 a 59 ANOS.

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Estimam-se que as Doenças Cardiovasculares (DCV) constituam a principal causa de morte e perda da qualidade de vida cronicamente; o reconhecimento dos fatores de risco (FR) para tais afecções é essencial, comumente separados entre dois grandes grupos: modificáveis e não modificáveis, sendo que este último, inerentes às características pessoais, não são passíveis de intervenção; já os FR modificáveis podem ser controlados a partir de medidas de prevenção e promoção à saúde. Este estudo teve como propósito identificar a incidência dos FR numa população vulnerável de rua em região central de São Paulo, em caracterizar a população frente aos FR para o desenvolvimento das DCV. Metodologia do Estudo: O trabalho consiste em estudo de campo de caráter exploratório, transversal e quantitativo. A coleta de dados foi realizada na região central da capital, Foram submetidos à entrevista semiestruturada com questões abertas e fechadas avaliando perfil sócio demográfico, riscos cardiovasculares e FR envolvidos no grupo de estudo. O projeto foi apresentado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, respeitando a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Discussões: Os voluntários selecionados foram submetidos a uma entrevista estruturada por perguntas direcionadas a identificar a presença de FR. Entre os 75 voluntários participantes, 91% são do gênero masculino e 9% feminino; 55% são de etnias brancas, 33% pardos e 12% negros; referente ao histórico familiar 21% são precoce, 23% não precoce, 21% negativos e 35% não souberam informa; 83% são sedentários e 17% não sedentários; 84% são alcoólatras e 16% não alcoólatras; 73% são fumantes e 27% não fumantes; 15% são usuários de drogas injetáveis e 85% não usuários; 29% são diabéticos e 71% não diabéticos; 32% são hipertensos e 68% normotensos. A Enfermagem tem como uma de suas principais atribuições, a Atenção Primária e a Educação em Saúde, tornando-se coparticipante nas orientações para esta população, visando a promoção e prevenção de agravos a saúde. Conclusão: Nossos resultados apontam para o fato de estarmos trabalhando com pessoas em situação de rua que possuem hábitos que propiciam a manutenção ou progressão de DCV a suas diversas formas de manifestações clínicas, com necessidade de estudos mais profundos e contínuos sobre os FR, para entender a gravidade das DCV, as repercussões dessas complicações, a médio e longo prazo e intervir com a eficácia, reduzindo a morbimortalidade.