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DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRÁFICO DE INFARTO E TROMBOSE ESPLÊNICOS EM UM CÃO: RELATO DE CASO

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O infarto esplênico, afecção que ocorre secundariamente a condições de hipercoagulabilidade1, é incomum em cães, tendo incidência relatada em apenas 2% dos casos que apresentaram alterações no baço2. A literatura descreve a ocorrência de infarto em associação à trombose da veia esplênica (TVE) em 33% dos pacientes caninos3. A TVE é o resultado da alteração de fluxo sanguíneo ou dos mecanismos regulatórios da coagulação, sendo raramente relatada, pois geralmente é assintomática3. O diagnóstico de ambas as afecções é realizado através do exame ultrassonográfico. Na TVE é identificado o material ecogênico no lúmen do vaso, e, ao exame de Doppler colorido, a diminuição ou ausência do fluxo sanguíneo intraluminal na região do trombo e turbilhonamento vascular adjacente1. O infarto esplênico é caracterizado por uma área bem delimitada, que não tende a distorcer o contorno normal do órgão, com ecogenicidade variando de hipoecoica a anecoica, podendo também apresentar ecotextura heterogênea de aspecto rendilhado1, 4. Ao exame de Doppler colorido, o parênquima demonstra fluxo sanguíneo reduzido ou ausente1. Este trabalho tem como objetivo descrever as alterações ultrassonográficas decorrentes da trombose e infarto esplênicos.