32140

Caracterização espectroscópica e análise térmica da lignina da palha de cana-de-açúcar

Favoritar este trabalho

A palha de cana oferece oportunidade para a geração de etanol de segunda geração sem a necessidade do aumento da plantação. Desse processo, o principal resíduo é a lignina, que precisa ser removida da matriz lignocelulósica e representa em torno de 25% do material. Este trabalho teve por objetivo caracterizar a lignina da palha de cana de açúcar. Para tal, a lignina foi isolada por acidólise branda por meio de 4 extrações com dioxano:água (9:1), contendo 0,2 mol.L-1 de HCl por 30 min a 90º C e foi caracterizada por Espectrometria no Infravermelho (FTIR), Termogravimetria (TG), Análise Elementar CHNS/O e de Poder Calorífico Superior (PCS). A palha apresentou em sua composição 41,67% de celulose, 29,74% de hemiceluloses, 24,98% de lignina e 3,19% de cinzas inorgâncias. O espectro de FTIR da lignina apresentou bandas de absorção típicas de ligninas HGS e a análise elementar revelou que esta lignina apresenta fórmula mínima média C5,04H5,76O2,11. A termodegradação gerou 42% de carvão residual e o poder calorífico superior da palha e da lignina foram, respectivamente, 18,10 e 25,24 kJ.g-1