Extração do encéfalo em aves: novo protocolo para minimizar danos ao espécime

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Anatomia descritiva
  • Palavras chaves: Anatomia; Crânio; Dissecção; Método; Vertebrados;
  • 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro

Extração do encéfalo em aves: novo protocolo para minimizar danos ao espécime

Ana Galvão

Resumo

Frente o crescimento do interesse por estudos comparativos do encéfalo e a importância atual do aproveitamento científico máximo de cada exemplar, observa-se a necessidade do desenvolvimento de técnicas de preparação que conciliem a remoção íntegra desse órgão delicado com a imposição de danos mínimos ao neurocrânio durante o processo. Nesse contexto, nós desenvolvemos um protocolo para a extração do encéfalo de Aves, adequado para exemplares de diferentes tamanhos com a pele removida, conservados em meio líquido ou frescos. O protocolo envolve sete passos: 1-secção transversal dorsal da medula espinhal entre o forâmen magnum e o atlas; 2-remoção dos olhos íntegros das órbitas; 3-descolamento da membrana fibrosa dos fontículos orbitocraniais; 4-incisão posterior na região parietal logo acima da proeminência cerebelar e cortes transversais laterais simétricos no sentido anterior através da região esquamosal até alcançarem cada órbita; 5-corte transversal na região frontal anterior, próximo ao nasal; 6-remoção da calota recortada do neurocrânio, levantando dorsalmente a margem do corte posterior e rotacionando-a em sentido anterior ao mesmo tempo em que se mantém o encéfalo parado puxando para baixo as meninges com pinça; 7-descolamento da meninge com pinça da base do crânio com o exemplar de ponta-cabeça e encéfalo pendente sobre uma placa de petri. Após a realização do protocolo, a calota separada do neurocrânio pode ser fixada em sua posição original por amarração ou cola, descaracterizando minimamente o crânio e preservando o espécime para estudos osteológicos posteriores.

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Autor

Ana Galvão

Muito obrigada, Ana!!! :)

Autor

Ana Galvão

Muito obrigada, Nathália!!!

Sim, cada vez mais tem se mostrado importante conciliar técnicas para diminuir os danos aos espécies (ainda mais quando estamos falando de espécies escassas em coleções, seja por falta de coleta ou por serem ameaçadas). Quanto mais conservadas forem suas características, mais estudos poderão ser feitos usando aquele mesmo exemplar, valorizando, inclusive, o empenho de quem coletou aquele animal. Isso sem contar a pressão negativa que todos nós sofremos da sociedade em relação à coleta de animais (principalmente vertebrados "carismáticos"): o aproveitamento máximo de cada animal morto para pesquisa é também uma resposta à tal demanda social (no fim, essa filosofia/prática curatorial leva à diminuição das mortes necessárias para contemplar diferentes tipos de trabalho).