Efeitos do tamanho, da filogenia e dos hábitos locomotores sobre a morfologia pélvica de machos dos ratos-de-espinho (Echimyidae, Rodentia)

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Apresentação Oral
  • Eixo temático: Anatomia comparada
  • Palavras chaves: Caviomorpha; Esqueleto apendicular; Locomoção; Octodontoidea;
  • 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro

Efeitos do tamanho, da filogenia e dos hábitos locomotores sobre a morfologia pélvica de machos dos ratos-de-espinho (Echimyidae, Rodentia)

William Corrêa Tavares

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

A cintura pélvica de mamíferos é associada a suporte, locomoção e reprodução e sua variação foi aqui investigada em roedores equimídeos, os quais reúnem espécies terrestres, arborícolas, semifossoriais e semiaquáticas, variando de 100g a 5000g de massa corporal. Tomamos 15 medidas lineares de 44 machos adultos, incluindo 21 spp. de 12 gêneros. Análises uni- e multivariadas foram empregadas para compreender que fatores influenciam a variação nesta estrutura. Todas as medidas foram altamente correlacionadas com a massa corporal, com ênfase para os comprimentos da pelve e do ílio (r2>0.93). O tamanho explicou 83,5% da variação, enquanto os 2 principais componentes de forma explicaram 10,1%. A forma pélvica apresentou moderado sinal filogenético (K de Bloomberg = 0.87; p=0.01) e mostrou-se fortemente influenciada pelos hábitos locomotores (ANOVA: F>11.9; p<0.001). Convergência evolutiva foi associada aos hábitos locomotores. Cada hábito pôde ser caracterizado da seguinte maneira: 1) semifossoriais: corpo púbico curto e largo, ramo púbico cranial longo e estreito, ramo isquiopúbico alto e forame obturado largo; 2) terrestres: corpo púbico longo, tubérculo femoral distante do acetábulo, ramo isquiopúbico baixo e forame obturado estreito; 3) arborícolas: corpo púbico de comprimento e largura moderadas, tubérculo femoral próximo do acetábulo; e 4) semiaquático: morfologia intermediária aos dos terrestres e semifossoriais, com ramo isquiopúbico curvo e projetado caudalmente. Conclui-se que variação pélvica em equimídeos é estruturada majoritariamente com base em fatores ecológicos.

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