Dados morfológicos revelam uma potencial nova espécie de crossodactylus (Duméril and Bibron 1841) (Anura, Hylodidae) para a Mata Atlântica brasileira

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Anatomia descritiva
  • Palavras chaves: anfíbios; Espinhos queratinizados; Herpetologia;
  • 1 Universidade Federal de Viçosa

Dados morfológicos revelam uma potencial nova espécie de crossodactylus (Duméril and Bibron 1841) (Anura, Hylodidae) para a Mata Atlântica brasileira

Júlia Neves Alves

Universidade Federal de Viçosa

Resumo

O gênero Crossodactylus possui 14 espécies distribuídas no sul do Paraguai, norte da Argentina, e na Mata Atlântica brasileira. Algumas dessas foram descritas recentemente, e muitos exemplares depositados em coleções científicas encontram- se sem identificação, indicando uma riqueza subestimada para o gênero. Aqui, caracterizamos espécimes de Crossodactylus proveniente de Marliéria, Minas Gerais (sudeste do Brasil). Utilizamos 9 machos adultos, que estão depositados no Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa. Realizamos 16 medidas morfométricas e caracterizamos sua morfologia externa usando lupa e microscópio eletrônico de varredura. Em seguida, comparamos com as outras espécies do gênero através de dados disponíveis na literatura. Crossodactylus sp. diferencia-se de todas as espécies do gênero pela presença de pequenos espinhos queratinizados espalhados na região dorsal, flanco, membros posteriores e anteriores (espinhos ausentes nessas partes do corpo nas demais espécies). Esses espinhos possuem cor preta, formato cônico, base alargada com ápices arredondados, e altura menor ou igual ao diâmetro da base. Concentram-se em maior densidade nas regiões dorsais da cabeça, tronco, coxa e antebraço. E em menor quantidade nos flancos, lateral da cabeça, cloaca, mãos e pés. No gênero Crossodactylus, espinhos queratinizados estão presentes somente nos polegares e no lábio superior de algumas espécies. Dessa forma nossos resultados além de revelar uma potencial nova espécie, evidenciam pela primeira vez para o gênero Crossodactylus, a presença de espinhos queratinizados em outras partes do corpo.

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