Anomalia nas escamas de uma serpente Bothrops jararacussu Lacerda, 1884 (Squamata: Viperidae)

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Anatomia descritiva
  • Palavras chaves: Folidose; Jararacuçu; malformação; Minas Gerais; Herpetologia; Zona da Mata;
  • 1 Universidade Federal de Viçosa
  • 2 Universidade Federal de Viçosa - UFV
  • 3 UFV

Anomalia nas escamas de uma serpente Bothrops jararacussu Lacerda, 1884 (Squamata: Viperidae)

Kaique Ferreira de Macedo

Universidade Federal de Viçosa

Resumo

Bothrops jararacussu é uma serpente da família Viperidae, distribuída na Mata Atlântica do sudeste do Brasil. Os adultos chegam a 1,80m, sendo as fêmeas maiores que os machos. Anomalias físicas são bastante relatadas dentro de Squamata, porém para B. jararacussu é conhecido apenas um caso de bicefalia. Descrevemos aqui o primeiro caso de malformações em escamas para essa espécie. Em junho de 2019 um juvenil macho de B. jararacussu, proveniente de Viçosa, MG, foi doado ao Museu de Zoologia João Moojen (MZUFV) da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O animal (CT 460 mm, CRC 388 mm, CC 72mm) apresentava três partes anômalas no último terço do corpo. A primeira, uma constrição, com as escamas ventrais alcançando a região dorsolateral; a segunda com as escamas ventrais também adentrando a região dorsolateral, porém sem constrição; e a terceira, uma constrição próxima à cloaca, onde anteriormente havia uma dilatação provocada pelo acúmulo de fezes, observado após necropsia. O primeiro local anômalo possui 13 fileiras de escamas dorsais, medindo 29,15mm de comprimento. Já o segundo possui 12 fileiras, medindo 13,37mm; e o terceiro com 14 fileiras, medindo 28,61mm. O espécime apresentou a folidose: supra-labiais 7; infralabiais 7; escamas ventrais 172, escamas dorsais 21/20/19; sub- caudais 58. Dois dias após a doação, o espécime foi a óbito, e após a realização da necropsia, foi fixado e incorporado à coleção herpetológica do MZUFV (tombo 2549). Na maioria dos casos, anomalias nas escamas são discretas e não apresentam grandes prejuízos aos espécimes acometidos. No presente relato, apesar da anomalia não ter impedido a serpente de se alimentar, ela causou uma obstrução em seu intestino, o que provavelmente impossibilitou o espécime de atingir a fase adulta.

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