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A morfologia de um peixe amazônico em uma abordagem morfofuncional: uma prática de ensino para relacionar forma, função e adaptação no Ensino Superior
Milla Rayssa Martins Nunes
Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia
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Crie um tópicoO objetivo desse trabalho foi desenvolver uma atividade teórico-prática onde estudantes de graduação em Ciências Biológicas, a partir de observações das características morfológicas de um vertebrado, pudessem inferir sobre suas funções ecológicas e adaptações ao habitat e hábito. Para tanto, dois exemplares do bagre Liposarcus pardalis (Pisces: Siluriforme: Loricariidae), conhecido popularmente como “bodó”, foram utilizados como modelo animal. N graduandos do terceiro período do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas foram submetidos a uma sequência de atividades em três etapas: a) uma aula expositiva dialogada sobre Morfologia funcional em vertebrados, b) a observação dos modelos animais em laboratório, previamente dissecados, com auxílio de estereomicroscópio, com resolução simultânea de um roteiro com questões objetivas e discursivas para associar caracteres morfológicos, função e adaptação e c) uma produção textual com o relato do aprendizado de cada graduando. Todos os graduandos, baseados na observação de características morfológicas do animal, associaram corretamente o animal ao ambiente aquático, ao modo de vida bentônico, a forma sexuada de reprodução, ao tipo de desova parcelada, estratégia reprodutiva tipo K, e a nutrição do embrião a partir do ovo telolécito. Todas as inferências quanto ao habitat ou modo de vida foram justificadas com base nas características morfológicas observadas. Considerando os resultados obtidos, conclui-se que a associação da aula expositiva com a aula prática com participação ativa dos estudantes e a utilização de modelos anatômicos, são ferramentas eficazes na aprendizagem em morfologia, potencializando a associação das estruturas anatômicas com suas funções para o organismo no ambiente.
Nathália Siqueira Veríssimo Louzada
Parabéns pelo trabalho e pela apresentação!
Quais foram as maiores dificuldades/desafios que vocês encontraram para implementar as etapas?
Estimo que essa ideia possa ser adaptada a outros grupos de vertebrados também, o que pode ser muito positivo para o ensino na graduação, como vocês demonstraram. Nesse sentido, vocês acham que isso poderia ser aplicado em disciplinas de pós-graduação também?
Mais uma vez, parabéns. Muito interessante a ideia, o delineamento e aplicação do estudo
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Maria Inês Braga de Oliveira Oliveira
Prezada Nathália
Obrigada! o grande desafio é o planejamento inicial em que precisamos pensar nas associações que podemos fazer entre forma, função e adaptação aproveitando o material biológico que temos disponível. Outro desafio é na condução da aula prática em si, permitindo que o discente participe ativamente da aula, sendo inicialmente desafiado a pensar nas respostas do roteiro de perguntas enquanto observa detalhes do material biológico. Fica muito claro tanto as lacunas no conhecimento quanto o que já trazem com eles de conhecimento prévio. Sem dúvida é uma prática relativamente simples, viável que pode ser aplicada inclusive em aulas de campo e com outros grupos de vertebrados. Funciona bem com pequenos grupos de alunos, o que demanda suporte de monitores. Grata pelo seu comentário, nos incentiva a continuar nessa missão de aperfeiçoar o processo de ensino-aprendizagem na graduação. À disposição para mais diálogo!
Maria Inês Braga de Oliveira
Nathália Siqueira Veríssimo Louzada
Obrigada por responder, Maria Inês! Sem dúvidas é uma luz muito grande para os alunos observarem o espécime e suas características na mão e de perto, ajuda muito no entendimento da morfologia/fisiologia/biologia em si. Tive algumas experiências assim durante a graduação e foram excelentes para a minha aprendizagem, gostaria de ter tido ainda mais. O trabalho de vocês é uma inspiração e desejo muito sucesso no caminho! Parabéns!