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Atividade da pectina liase extraída de resíduos do maracujá-amarelo

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Introdução: O maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa O. Deg) é um fruto amplamente cultivado, consumido e industrializado no Brasil. Sua casca é constituída essencialmente pelo mesocarpo (albedo), rico em pectina. Um dos fatores que causa perda de qualidade do albedo é a ação de enzimas pectinolíticas. O objetivo deste trabalho foi detectar a pectina liase (PL) no albedo do maracujá amarelo. Métodos: Para o preparo da amostra, o albedo isolado da polpa foi submetido à liofilização e trituração mecânica posterior. Para a extração da enzima foi utilizada solução tampão de citrato de sódio (pH 5,5) e albedo liofilizado (razão 1:12,5), mistura centrifugada em ultra centrífuga a 4 ºC, 20.000 × g, por 30 minutos. O sobrenadante do extrato bruto foi coletado e armazenado e testado em amostras de pectina (CPKelco) HM (alto grau de metoxilação) e LM (baixo grau de metoxilação). Para o ensaio de atividade enzimática, foi monitorado o tempo de escoamento da suspensão coloidal de cada pectina mais o sobrenadante em 24, 48 e 72 horas a 45 oC. Resultados: Não foi evidenciada queda de viscosidade em 48 horas no controle (sem adição de enzima). Tanto nas suspensões coloidais de pectina HM quanto LM foi constatada queda de viscosidade, porém apenas na HM houve diferença estatisticamente significativa em função do tempo. A queda de viscosidade da suspensão coloidal de pectina pectina HM foi de 0,69 cSt s-1 contra 0,31 cSt s-1 na LM. Conclusões: Visto que a PG apenas atua age na queda de viscosidade em pectina de baixo grau de metoxilação, foi possível presumir como a PL a enzima presente no extrato bruto do albedo de maracujá liofilizado, que atuou na queda de viscosidade cinemática da pectina AGM.