Sobre


O II Seminário Internacional de Aprendizagem Autorregulada e Motivação: desafios e aplicações no contexto educativo (II SIAAM) abordou esse tema considerado por pesquisadores como um processo pelo qual os indivíduos ativam, monitoram e responsabilizam-se pela própria aprendizagem. Processo esse que requer a integração de aspectos cognitivos, metacognitivos, afetivos, motivacionais e comportamentais, os quais estão envolvidos no aprender. Atualmente, pesquisadores nacionais e internacionais reconhecem, cada vez mais, a importância da aprendizagem autorregulada e destacam existirem evidências de que os processos autorregulatórios podem ser ensinados durante a escolarização formal. Ademais, enfatizam que ser capaz de se autorregular no contexto educativo possibilita aprendizagem de qualidade e permite aos estudantes exercerem maior controle sobre sua aprendizagem. Por conseguinte, a temática aprendizagem autorregulada tem atraído o interesse de inúmeros pesquisadores, em diferentes ciclos da educação formal, não só em diversos estados do Brasil como também em vários outros países, contribuindo para a produção do conhecimento e para sua necessária utilização no contexto educativo.

No Brasil, essa perspectiva é muito promissora haja vista os problemas educacionais que o país enfrenta em todos os segmentos da escolarização, agora mais intensamente agravados devido ao distanciamento social consequente da pandemia causada pelo Covid-19. Tal fato tem requerido maior investimento em aulas remotas, as quais podem ser alicerçadas nos conceitos-chave da autorregulação da aprendizagem.

Destacamos que a perspectiva da aprendizagem autorregulada já era considerada de importância ímpar para o enfrentamento dos problemas educacionais brasileiros e, hoje, em consequência da pandemia do Covid-19, ela se torna inegavelmente mais relevante e necessária para a superação das desigualdades educacionais, muito agravadas pela crise sanitária e econômica ora enfrentada. O momento, sem dúvida, nos exige muito mais autorregulação, em todos os seus sentidos e dimensões! Sim, a Psicologia e a Educação, ambas têm um papel enorme e essencial na promoção da saúde, na redução das desigualdades sociais e na proteção da vida. Isso nos moveu fortemente a realizar este evento, ainda que na modalidade virtual e em tempos difíceis e inimagináveis.

Considerando estes pontos, o II SIAAM teve os seguintes objetivos:

  • promover o avanço teórico-cientifico e das práticas relacionadas à temática da autorregulação da aprendizagem, principalmente em tempos de pandemia;
  • oportunizar o intercâmbio entre pesquisadores, estudantes e profissionais das áreas de Educação, Psicologia, Psicopedagogia e outras, que trabalham como tema e por ele se interessam;
  • gerar contribuições importantes para a área de ensino/aprendizagem, concernentes às possibilidades de aplicação em sala de aula, de desenvolvimento de instrumentos de medidas, de melhoria da formação do professor e de ampliação dos estudos transculturais, com base nessa abordagem;
  • consolidar-se como evento específico, na área de autorregulação da aprendizagem, de caráter internacional, sediado no Brasil

O II SIAAM foi inicialmente pensado e preparado para acontecer na Unicamp em maio de 2020. Entretanto, devido à crise sanitária provocada pela pandemia do COVID-19, o evento foi adiado e acabou sendo realizado, com muito sucesso, nos dias 11, 12 e 13 de novembro de 2020, no formato on-line, com a liderança de três instituições de ensino superior: Universidade Estadual de Campinas, Universidade Federal de Pelotas e Pontifícia Universidade Católica de Campinas. À frente da comissão organizadora, estiveram três pesquisadoras com seus respectivos grupos de pesquisa inseridos em programas de pós-graduação em Educação: Profa. Dra. Evely Boruchovitch (Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia-GEPESP/FE/Unicamp); Profa. Dra. Jussara Cristina Barboza Tortella (Formação e Trabalho Docente/PPGE PUC-Campinas); Profa. Dra. Lourdes Maria Bragagnolo Frison (Grupo de Estudos e Pesquisas da Aprendizagem Autorregulada – GEPAAR – Docente PPGE/FaE/UFPel).

A rede de colaboração tecida entre essas investigadoras, que se dedicam a esse tipo de pesquisa há mais de 20 anos, mostra que, para avançar cientificamente na construção de conhecimentos sólidos e estimular discussões a respeito da aprendizagem autorregulada em nosso meio, ainda é necessário, não só aprofundar mais os estudos a ela relativos, como também pensá-la em uma perspectiva transcultural, ampliando assim as oportunidades de pesquisas interinstitucionais.

É essencial mencionar que o sucesso do I Seminário, realizado em 2016 e o imenso interesse por ele despertado motivaram e incentivaram a realização do II Seminário Internacional Aprendizagem Autorregulada e Motivação: Desafios e Aplicações no Contexto Educativo. Relembrando o evento realizado em 2016, ressalta-se que ele propiciou o fortalecimento do intercâmbio entre instituições de ensino superior brasileiras e a Universidade de Lisboa, oportunizando o surgimento do I Encontro Luso-Brasileiro de Aprendizagem Autorregulada, realizado no Brasil, em junho de 2018, na Faculdade de Educação da Unicamp, o qual, na sequência, deu origem ao II Encontro Luso-Brasileiro de Aprendizagem Autorregulada, realizado em setembro de 2019, no Instituto de Psicologia da Universidade de Lisboa, em Portugal.

O II Seminário Internacional Aprendizagem Autorregulada e Motivação: Desafios e Aplicações no Contexto Educativo foi realizado em novembro de 2020, em formato virtual, demonstrando que, em eventos científicos, as tecnologias digitais contribuem eficazmente como ferramenta mediadora da comunicação permitindo implementar ações que conduzem ao avanço do conhecimento. Ficou também evidente que a autorregulação da aprendizagem vai se tornando, cada vez mais, um importante suporte para que estudantes e participantes de eventos envolvam-se, de forma cognitiva, metacognitiva, comportamental, emocional, estratégica e autorregulada, com propostas que objetivam ampla discussão sobre temas específicos e relevantes. O evento ora realizado, com ênfase no tema da autorregulação da aprendizagem e da motivação para aprender, é o segundo realizado no Brasil, constituindo-se por isso como um marco histórico das investigações sobre esse assunto.

O II Seminário, tal como o primeiro, revelou-se uma importante iniciativa de caráter internacional, a qual envolveu vários países como Brasil, Portugal e Estados Unidos. Ele contribuiu fortemente para amenizar as necessidades dessa área de estudos, bem como oportunizou reflexões acerca das lacunas e dificuldades inerentes aos métodos de pesquisa e à construção do conhecimento em autorregualação no contexto educativo. Pela segunda vez, o evento permitiu tanto identificar como reunir os vários grupos que pesquisam essa vertente teórica e também evidenciou a demanda de maior investimento e de mais e contínuas oportunidades para debater a temática.

Nessa segunda edição do evento, houve dois momentos bem pontuais. O primeiro refere-se às inscrições, as quais já haviam sido feitas para a modalidade presencial, que aconteceria em maio de 2020. Nessa ocasião, havia 143 inscritos. Posteriormente, devido às alterações impostas pela pandemia de Covid-19, foi preciso rever a programação e nela fazer ajustes sem, contudo, alterá-la substancialmente para que tudo ocorresse conforme esperado na nova data e no novo formato. A nova proposta possibilitou a reabertura de inscrições, porém somente para ouvintes, sem novas inscrições de trabalhos a serem apresentados. Atingiu-se então o total de 192 participantes inscritos de todas as regiões brasileiras e de outros países, conforme ilustrado no Quadro 1.

Quadro1: regiões e estados brasileiros e países de origem dos inscritos no II Seminário Internacional de Aprendizagem Autorregulada e Motivação


Fonte: Comissão organizadora

Ao planejarmos esse evento, optamos por convidar conferencistas do Brasil, de Portugal e dos Estados Unidos, o que possibilitou trocar experiências e discutir significativamente resultados de pesquisas. Isso contribuiu para o aumento da qualidade e para a ampliação da produção do conhecimento, oportunizando a reflexão acerca de avanços, lacunas e dificuldades inerentes aos métodos de pesquisa e à construção do conhecimento em autorregulação da aprendizagem no âmbito educativo. Os conferencistas foram congruentes ao enfatizar, em suas palestras, sólidas evidências mostram que estudantes autorregulados possuem um conjunto de características cognitivas, metacognitivas, motivacionais, afetivas e sociais que facilitam a aprendizagem.

Destacamos, a seguir, os principais temas abordados pelos conferencistas durante o evento.

  • Aprendizagem autorregulada e formação de professores no Brasil - iniciativas, inovações e desafios para pesquisa e prática pedagógica.
  • A aprendizagem estratégica e autorregulada - implicações para o contexto educativo.
  • Projetos que promovem a autorregulação da motivação, o gerenciamento de tempo e as estratégias de aprendizagem na formação de professores.
  • Projetos que promovem a autorregulação nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
  • Projetos que promovem a autorregulação no Ensino Superior.
  • Autorregulação da emoção e da motivação e sua promoção no contexto educativo.
  • Autorregulação da motivação, das emoções, dos comportamentos e das interações sociais.
  • Práticas pedagógicas e estratégias autorregulatórias para o ensino e a aprendizagem.
  • Propostas instrucionais para apoiar a aprendizagem autorregulada de estudantes em risco de fracasso.
  • Autorregulação em diferentes áreas do conhecimento.
  • Crenças de autoeficácia: impactos na aprendizagem autorregulada.
  • Diagnóstico e autorreflexão sobre autorregulação: O LASSI – o inventário de estratégias de estudo e aprendizagem como ferramenta.
  • Autorregulação da aprendizagem e o contexto educativo: desafios e direções para a pesquisa e práticas futuras

Ênfase foi dada aos fundamentos teóricos e às diferentes modalidades de coleta de dados, em especial instrumentos, escalas e outras formas de fazer pesquisa abarcando as diferentes dimensões – cognitiva, metacognitiva, motivacional, afetiva e social – no contexto da escolarização formal. Temas como esses abordados no evento alavancaram iniciativas e investigações que adotam como referencial a perspectiva da aprendizagem autorregulada, desenvolvidas por pesquisadores, professores e estudantes de pós-graduação, possibilitando a discussão sobre as pesquisas quer concluídas, quer em andamento, a partir das proposições aprovadas pelo comitê científico e por pareceristas ad hoc.

Foram organizados cinco eixos temáticos. Cada participante escolheu aquele para o qual sua pesquisa deveria ser direcionada, a fim de ser debatida e reflexionada. Os eixos propostos foram:

  • autorregulação das ações, dos comportamentos e das interações sociais;
  • aprendizagem autorregulada nos diferentes segmentos da escolarização;
  • autorregulação da motivação e das emoções;
  • autorregulação da aprendizagem no contexto da formação de professores;
  • práticas pedagógicas e estratégias autorregulatórias para o ensino e a aprendizagem.

Especificamente em relação aos resumos recebidos, realizamos um mapeamento do número de estudos apresentados pelos diversos estados, a fim de identificar os lugares onde existe maior concentração de pesquisas. Assim como no evento de 2016, houve muitos participantes vindos das várias regiões do Brasil, e de quase todos os estados – São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco, Piauí, Tocantins, Amazonas, Pará , Rondônia, Distrito Federal. Estiveram presentes também representantes dos Estados Unidos e de Portugal.

Os resumos publicados nestes anais demonstram a grande relevância do tema em tela. Sem dúvida, os trabalhos apresentados no II SIAAM produziram considerável impacto no avanço do conhecimento. Eles mostraram o quanto a pesquisa sobre autorregulação da aprendizagem e motivação vem se desenvolvendo e se consolidando não só em termos quantitativos, como evidenciado pelo número de resumos recebidos, mas também em termos qualitativos, especialmente no que diz respeito ao adensamento do enfoque trabalhado.

No contexto brasileiro, diferentes grupos têm investido em pesquisas visando à produção de conhecimento acerca dos fatores associados à autorregulação da aprendizagem. Os resultados evidenciam que, quando os estudantes participam ativamente de seu processo de aprendizagem, conseguem regular diversificadas formas de estudo, implementando estratégias com as quais se tornam capazes de alcançar determinados objetivos, que os levarão à consecução de suas metas. Os trabalhos apresentados evidenciaram que, a cada ano, surgem novos avanços na construção e na adaptação de instrumentos, que demarcam diversos e diferenciados estudos.

Os resumos recebidos revelaram forte investimento na área da Educação atrelado às áreas de Ciências Humanas, Sociais e da Saúde, indicando tanto o potencial de aplicação da perspectiva da aprendizagem autorregulada em contextos mais amplos como seu caráter inter e multidisciplinar. Os trabalhos aceitos e publicados nestes anais foram avaliados e aprovados por uma renomada comissão cientifica, com sólidos conhecimentos teóricos e práticos acerca da temática, bem como com sensibilidade aos avanços na compreensão da autorregulação da aprendizagem e da motivação.

Na apresentação dos trabalhos, implementamos um formato inovador definido como Diálogos Autorregulatórios, os quais priorizaram a troca de ideias sobre as pesquisas submetidas. A dinâmica dos Diálogos Autorregulatórios possibilitou aos participantes exporem suas pesquisas em forma de diálogo, com a intenção de levar todos a refletirem sobre a pluralidade de temas que compuseram cada um dos eixos temáticos. Os 79 trabalhos aprovados foram organizados em seis salas virtuais, conforme os eixos temáticos, sendo eles apresentados no dia 12/11/2020, em dois horários distintos (das 10 às 11h e das 11h às 12h).

As sessões de apresentação foram coordenadas por um mediador, membro da comissão científica, o qual conduziu os trabalhos em forma de diálogo, estimulando a troca de experiências. Os mediadores leram antecipadamente todos os resumos dos trabalhos da sala que coordenaram, a fim de formularem perguntas especificas a cada um e comuns a vários. A escolha por esse formato foi feita para que cada apresentador tivesse a oportunidade de falar e pensar sobre sua pesquisa de modo mais dinâmico, pois era preciso responder às indagações feitas pelos mediadores. Por exemplo, a respeito de uma pesquisa com ênfase na aprendizagem em tempos de pandemia, o mediador poderia perguntar sobre o que foi mais relevante no estudo desenvolvido e que indicadores poderiam ser propostos para o enfrentamento do problema ou poderia igualmente indagar quais foram os maiores desafios para realizar a pesquisa. Assim, cada trabalho recebeu questionamentos e seu autor vivenciou momentos de reflexão e aprofundamento.

Os mediadores foram previamente orientados pela comissão organizadora e tiveram liberdade para conduzir seu grupo, buscando estimular os participantes a apresentarem seus trabalhos sem definir um caminho preestabelecido a ser percorrido. Os questionamentos feitos pelos mediadores contribuíram para que os apresentadores abordassem aspectos relevantes de sua pesquisa e potencializaram a troca de experiências, em cada uma das salas. Essa estratégia possibilitou aos envolvidos refletirem e verbalizarem o que mais os inquietava em suas pesquisas, ampliando o conhecimento temático e contribuindo para seu avanço.

Os ouvintes podiam escolher, de acordo com seu interesse, em qual sala queriam entrar para assistir à apresentação dos trabalhos. Eles podiam circular livremente pela página do evento onde todas as salas e trabalhos estavam disponíveis e, posteriormente, recebiam um link de acesso para participar das salas escolhidas. Muitos ouvintes participaram dos debates, o que enriqueceu de forma considerável a proposta dos diálogos autorregulatórios.

Ao término do evento, foi solicitado aos participantes avaliarem a qualidade do Seminário, por meio de um formulário elaborado especialmente com essa finalidade. Os resultados dessa avaliação muito nos emocionaram. Do total de respondentes, 104 (76,47%) consideraram que o evento no formato on-line superou suas expectativas. A organização foi considerada excelente por 102 (75,0%) dos respondentes e muito boa por 24 (17,65%). O II SIAM foi avaliado como muito relevante para a vida profissional e acadêmica de 109 respondentes. Essa relevância pode ser evidenciada também quando se solicitou aos participantes, no último dia, que indicassem, pelo chat, uma palavra que descrevesse o que o evento representou para si, ilustrado aqui por meio da nuvem de palavras.

Entendemos que o II SIAAM, com ênfase na Aprendizagem Autorregulada e Motivação, contribuiu para o avanço na superação de desafios e em suas aplicações no contexto educacional, por ter instigado o desenvolvimento da autonomia e a apropriação de conhecimentos fundamentais para a realização de projetos de vida pessoal/profissional. Evidenciou-se ser possível realizar esse tipo de evento na modalidade de ambiente virtual, pois nele tivemos a oportunidade de aprofundar, debater, trocar ideias e avançar na compreensão do tema proposto. Recebemos inúmeras mensagens nos chats, que ressaltaram o quanto o evento foi afetivo e o quanto o público foi bem recebido, apesar de seu caráter remoto.

Acreditamos que o II Seminário Internacional alcançou seus principais objetivos; promoveu debates e reflexões acerca da aprendizagem autorregulada e motivação e seus desafios e aplicações no contexto educativo; gerou avanços teórico-científicos das práticas relacionadas à temática; proporcionou aproximações tanto entre grupos de pesquisa como entre investigadores, professores e alunos de graduação e de pós-graduação; estimulou a troca de ideias e de experiências relativas aos processos de ensino e de aprendizagem em diversos contexto escolares e não escolares.

A mudança de seminário presencial – já estruturado, antes da pandemia – para remoto mostrou-se um enorme desafio para nós, organizadoras, porém se conseguimos realizar o II SIAAM, temos certeza de que não caminhamos sozinhas! Deixamos aqui registrado nossos sinceros agradecimentos a todos que acreditaram na relevância do II Seminário Internacional de Aprendizagem Autorregulada e Motivação (II SIAAM) e apoiaram sua realização. Expressamos nossos sinceros agradecimentos pelo forte e elegante apoio da Faculdade de Educação da Unicamp, representada pela presença de nosso querido diretor, Prof. Dr. Renê Trentin. Agradecemos muito a toda a equipe de Educação a Distância da Unicamp, em especial a Gilberto Olani e a Leandro Barbosa por todo carinho, paciência, profissionalismo que demonstraram na viabilização de nosso seminário. Muito gratas a Adriano Donizete Vasconcellos, por toda atenção e todo cuidado com a página de nosso evento. Muito gratas a Giovanna Romaro, de Eventos da FE, pelo suporte e pela dedicação nos momentos em que a solicitamos. À renomadíssima comissão científica e à eficientíssima comissão organizadora local e de apoio, nossa imensa gratidão. Um agradecimento especial à Dra. Carla Regina Gonçalves de Souza, à mestre Ana Maria da Conceição Calixto Dantas, às mestrandas Sofia Pelisson e Natália Borelli de Carvalho e ao aluno de Iniciação Científica Pedro Castilhos da Rosa, por terem sido tão gentis e tão dedicados a todos os nossos pedidos de ajuda. Somos imensamente gratas ao apoio do CNPq, da Fapesp, da FAEPEX (Unicamp), do SAE Unicamp, da Galóa eventos, da Editora Vozes, da Trilhas Turismo e da Associação para o Desenvolvimento da Investigação em Psicologia da Educação (Adipsieduc). Expressamos imensurável gratidão aos conferencistas, aos palestrantes e a todos os participantes do evento que, pelo interesse revelado e pelo incentivo dado, nos motivaram a não desistir. Muito gratas a todos que nos fortaleceram!

Temos certeza de que os resumos que constam nesses anais possuem inegável valor para o avanço e o aperfeiçoamento das questões teóricas e metodológicas da aprendizagem autorregulada e motivação. Que venha o III SIAAM! – seja ele presencial ou híbrido!




Evely Boruchovitch

Jussara Cristina Barboza Tortella

Lourdes Maria Bragagnolo Frison (in memoriam)


Gráficos

Trabalhos por Eixos Temáticos

HOMENAGEM PÓSTUMA A NOSSA QUERIDA E ETERNA LOURDES MARIA BRAGAGNOLO FRISON

É com muita tristeza que, após “encerrarmos” os Anais, abrimos essa seção.

Decorridos aproximadamente 20 dias do término do evento, fomos surpreendidas pelo falecimento súbito da nossa querida Lourdes, no dia 05 de dezembro de 2020. Ficamos sem chão! Custamos muito a acreditar. Notícia dolorosíssima e inimaginável para nós! Acho que ainda não acreditamos. Perda gigante: grande amiga e excelente pesquisadora!

Ocorreu-nos então abrir esse espaço de homenagem e despedida



É professora Associada do Departamento de Fundamentos da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Pelotas, Pós-doutorado em Educação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS (2015), Estágio Sênior na Universidade de Lisboa em Portugal, atualmente faz Pós-doutorado na Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, tendo como área de concentração a Psicologia da Educação. É formada em Pedagogia, fez Mestrado na PUCRS em 2000, em 2006 doutorado-sanduíche na Faculdade de Psicologia, da Universidade de Lisboa, concluindo Doutorado em Educação na PUCRS, em 2017, com a tese Autorregulação da Aprendizagem atuação do pedagogo em espaços não-escolares. Atua como professora na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Pelotas/UFPel. É pesquisadora CNPq/2 e líder do Grupo de Estudos e Pesquisa da Aprendizagem Autorregulada - GEPAAR, credenciado no Cnpq. Foi uma das criadoras e organizadora do I e II Seminário Internacional de Aprendizagem Autorregulada e Motivação (2016/Unicamp e 2020/on-line) e co-participante da organização do I Encontro Luso Brasileiro de Aprendizagem Autorregulada (2018/Unicamp) e do II realizado na Universidade de Lisboa, em 2019. Foi coordenadora da linha de pesquisa Cultura Escrita, Linguagens e Aprendizagens. Desenvolveu os projetos de pesquisas: Modos de aprender na universidade: da autorregulação aos projetos de vida e Aprender na Universidade: da autorregulação aos projeto de vida. Orientadora de estudantes da pós-graduação mestrandos e doutorandos e iniciação científica que investigam a temática da Autorregulação da Aprendizagem. É membro de corpo editorial e revisora de vários periódicos. Atua em projetos de pesquisa em parceria com a Unicamp e a Universidade de Lisboa. Faz parte do Centro de Investigação em Psicologia da Universidade de Lisboa/UL - CICPSI, ligado a Fundação para a Ciência e a Tecnologia/FCT, atua no Programa de Pesquisa da Aprendizagem Autorregulada ? PEAAR, tendo como coordenadora a Dra. Ana Margarida da Veiga Simão, com a qual vem realizando vários projetos de pesquisas internacionais, publicações, eventos, bancas de defesa de mestrado e doutorado. É também participante do Grupo de Estudos e Pesquisa junto ao grupo da Profa. Dra. Evely Boruchovitch, uma das líderes GEPESP, da Faculdade de Educação, da Unicamp, onde faz pós-doutorado. Faz parte do Grupo de Pesquisa em Educação, História e Cultura Científica (GPEHCC), Núcleo de Formação Docente (NFD), do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Profa. Dra. Kátia Calligaris Rodrigues e realizam pesquisas integradas. É membro atuante do grupo Narrativas de vida, Identidade, docência e Educação Continuada do Professor, que investiga Profissionalização Docente e Identidade, autobiografia e formação identitária docente, coordenado pela Dra. Maria Helena Menna Barreto Abrahão. Junto a este grupo tem realizado pesquisas e publicado vários capítulos de livros, artigos científicos e organização de obras. Tem experiência na área de Educação, com ênfase na Psicologia da Educação. Atua principalmente na área da aprendizagem autorregulada da escrita, leitura, estratégias de aprendizagem, motivação para aprender, delineando intervenções para a promoção da aprendizagem autorregulada na escolarização formal e não-formal. Tem realizado vários workshop para professores e estudantes sobre Autorregulação da aprendizagem. Foi coordenadora do Pibid Pedagogia/UFPel de 2010 até 2013 e gestora pedagógica do Pibid UFPel de 2013 a 2018. Atualmente atua como voluntária no Pibid Pedagogia, onde desenvolveu o Projeto CriaTivo: Promoção de estratégias de autorregulação da escrita, com 10 bolsista do Pibid. Faz parte da diretoria da BIOgraph, representante da Região Sul. É membro do Grupo Gestor de Projeto Institucional de Internacionalização (CAPES-Print). Página do grupo: https://wp.ufpel.edu.br/gepaa


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