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ANALISE BIOMECÂNICA DO MEMBRO DOMINANTE E O NÃO DOMINANTE DE UM ATLETA DE FUTEBOL PROFISSIONAL

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O futebol é um dos esportes mais populares do mundo, sendo ele caracterizado por ações motoras intermitentes de curta duração e alta intensidade, alternadas com períodos de ações motoras de maior duração e menor intensidade (GOULART et al., 2007). Em termos de exigência, as articulações dos membros inferiores são as mais exigidas durante à prática de sua atividade (MOREIRA et al., 2004).
Um dos gestos esportivos do futebol é o chute, o qual tem como característica biomecânica principal a variação da corrida e a força aplicada no membro de balanço anteriormente à fase de contato (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Além disso, existem outros fatores imprescindíveis para que esse gesto esportivo seja realizado com eficiência, como o equilíbrio corporal, a força que é aplicada e a execução com o membro dominante (MD) ou membro não dominante (MND) (ADRIAN; COOPER, 1995).
Durante o chute, grupos musculares fundamentais são ativados em diversas articulações, como na articulação do quadril, o músculo tensor da fáscia lata, o pectíneo, o reto femoral, o sartório, o adutor curto, o adutor longo e o adutor magno que são responsáveis pela semiflexão. Por outro lado, os músculos envolvidos na articulação do joelho compreendem o poplíteo, que auxilia na semiflexão, o quadríceps femoral, o qual realiza a extensão, o grácil, responsável pela semiflexão e sustentação do movimento, os ísquiotibiais e o glúteo máximo, antagonistas ao movimento do chute. Com relação a articulação do tornozelo, os principais grupos musculares são o sóleo, o gastrocnêmio, o tibial posterior, o fibular curto, o fibular longo, o flexor longo do hálux e o flexor longo dos dedos. Além disso, os músculos abdominais também auxiliam no movimento final do chute, elevando a potência da ação (MOREIRA et al., 2004).
Durante o gesto esportivo, é de se esperar que o membro dominante tenha uma reação ou resposta mais precisa. No entanto, com a prática e estímulos frequentes do membro não-dominante, é possível que ele alcance reflexos, reações e respostas eficientes em diversos gestos motores, incluindo os de passe e de chute no futebol (MAGILL, 2000). Nossa hipótese é que um jogador de futebol profissional possa ter parâmetros biomecânicos semelhantes em ambos os membros.