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Determinação dos compostos bioativos do fruto cagaita (Eugenia dysenterica DC) em diferentes estádios de maturação

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O cerrado brasileiro possui grande variedade de espécies frutíferas ricas em nutrientes, que são encontradas na culinária na forma de sucos, sorvetes, doces e na medicina popular. Dentre elas temos a cagaita, fruto que é usado na medicina popular por possuir efeito laxativo. Apesar da grande variedade, poucas são as analises e conhecimentos científicos embasados nos frutos do cerrado. Por este motivo, o objetivo do trabalho foi analisar os compostos bioativos do fruto cagaita nos diferentes estádios de maturação e confrontar com a literatura existente. Foram realizadas as analises de clorofila (a e b), licopeno e betacaroteno seguindo a metodologia de Nagata e Yamashita (1992) e a extração de fenólicos totais com Água, EtOH 50% e MetOH 80%, de acordo com a AOAC (1990). Para a quantificação de fenólicos totais, observou-se que o extrator MetOH 80% foi o melhor entre os extratores analisados (Tukey p<0,05), seguido pelo EtOH 50% e Água independente do estádio de maturação do fruto fresco. Os teores médios foram 87,59 mg GAE 100g-1, 61,56 mg GAE 100g-1 e 58,56 mg GAE 100g-1, respectivamente no comprimento de onda de 760nm. 1 A extração com EtOH 50% em frutos maduros de cagaita apresentou menor extração (25,17mg GAE 100g-1) em absorbância de 720nm. 2 Também foram encontrados valores de 150±1,1 mg GAE 100g-1 para polpa de fruta da cagaita (Eugenia dysenterica Dc.), realizando leitura a 750nm de um extrato único dos solventes metanol/água/ácido acético. Os teores dos compostos bioativos no estádio dos frutos verde de cagaita foram superiores aos demais estádios de desenvolvimento dos frutos (De vez e Maduro). Os frutos no estádio verde apresentaram em média teores de clorofila a (673,1 µg 100 mL-1), clorofila b (298,9 µg 100 mL-1) e betacaroteno (535,9 µg 100 mL-1). No fruto maduro o teor médio de betacaroteno foi em média de 165,9 µg 100 mL-1, 1 teor foi inferior a concentração encontrada com 201,23 µg 100 mL-1 no fruto maduro. Diante os dados, conclui-se que ocorreu um decréscimo nos teores de clorofila (a e b) e betacaroteno, junto de um aumento nos teores de fenólicos totais a medida que o fruto de cagaita amadurece. E o MetOH 80% indicou ser o melhor extrator para quantificação de fenólicos totais independente do estádio de maturação do fruto cagaita.