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REFLEXÃO ACERCA DO AUTOCUIDADO EM SAÚDE MENTAL

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INTRODUÇÃO: O autocuidado, segundo Dorothea Orem, pode ser definido como o desempenho ou prática de atividades que os indivíduos realizam em seu benefício para manter a vida, a saúde, o seu contínuo desenvolvimento pessoal e o bem-estar. Ação de autocuidado é a capacidade humana ou o poder que o indivíduo dispõe para engajar-se no autocuidado. Esta capacidade pode ser desenvolvida gradualmente, no dia-a-dia, por meio de um espontâneo processo de aprendizagem, estimulado pela curiosidade intelectual, pela instrução e supervisão de outra pessoa ou pela experiência que vai sendo adquirida na execução do autocuidado. OBJETIVO: Promover a reflexão acerca do autocuidado em saúde mental. MÉTODO: Reflexão baseada na Teoria de Dorothea Orem e de artigos científicos extraídos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Public Medline (Pubmed). RESULTADOS: Apesar do interesse em aprender a respeito da promoção de sua saúde, estudos demostraram que a maioria dos portadores de sofrimento mental expressam sentimento de inutilidade pessoal e de impotência de aplicá-la para si mesmo. Os resultados apontam que comumente, pessoas que vivenciam a doença mental não sabem o nome da patologia que os acomete e também o nome e dosagem dos medicamentos em uso; possuem baixa adesão à terapia medicamentosa. A primeira intervenção à crise psíquica pode impactar sobre o curso da doença e o impacto que esta terá na vida da pessoa que a vivencia e sua família. Assim, qualquer esforço para empoderar pessoas adultas em sofrimento mental para o autocuidado deve voltar-se às estratégias para lidarem com sua autoeficácia. A educação em saúde e a corresponsabilização da pessoa e de sua família são importantes vias para a promoção da autonomia. CONCLUSÃO: As estratégias voltadas a aumentar a autoeficácia das pessoas com transtornos mentais devem se direcionarem às intervenções relacionadas à intervenção efetiva na primeira crise psíquica; ao conhecimento que estas têm acerca de seu processo de adoecimento; às terapias medicamentosas, no sentido de melhorar a adesão à medicação; ao trabalho junto às famílias e de intervenção psicossocial.