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Apresentação/Introdução
Na atualidade, o ensino universitário tem acompanhado o processo histórico da rápida transformação do contexto social e da produção capitalista, que tem ampliado, para além dos limites humanos, as tensões, pressões, a intensificação e as jornadas de trabalho, ocasionando o aumento dos agravos, riscos, desequilíbrios biopsicossocial e alterações da qualidade de sono dos docentes.
Objetivos
Avaliar a prevalência da qualidade de sono ruim e os fatores associados à sua ocorrência entre os docentes do ensino superior de uma universidade pública na Bahia.
Metodologia
Estudo exploratório com delineamento transversal e amostragem aleatória. A qualidade de sono foi mensurada por meio da escala Mini-Sleep Questionnaire (MSQ). As variáveis de interesse foram aquelas relacionadas as características sociodemográficas, do trabalho, hábitos de vida, queixas de dor e experiências de trabalho avaliada pelo Job Content Questionnaire (JCQ). Foram realizadas análises descritivas, bivariadas e estimadas as prevalências, razões de prevalências, os respectivos Intervalos de Confiança (IC) e o teste do Qui-quadrado de Pearson (X²), adotando o valor de p
Resultados
Foram analisadas 408 respostas sobre a qualidade de sono autorreferida entre os 423 docentes participantes. A prevalência de qualidade de sono ruim atingiu 61,3% dos docentes. Ao que se refere as características sociodemográficas e do trabalho, notaram-se maiores frequências para o sexo feminino, faixa etária entre 25 a 46 anos, situação conjugal com companheiro (a), com filhos, com vínculo efetivo e tempo de trabalho com mais de 13 anos. No modelo final, mantiveram-se estatisticamente associadas com a qualidade de sono ruim, as variáveis: horas de sono ≤ 6 horas, tempo insuficiente para a prática de atividades de lazer, dor musculoesquelética, dor de cabeça, e a alta exigência no trabalho.
Conclusões/Considerações
No contexto do trabalho do ensino superior de uma universidade pública na Bahia, nota-se que a privação do tempo de sono vem sendo uma prática frequente entre os docentes, em virtude da necessidade do cumprimento das demandas e exigências do trabalho. A alta prevalência da qualidade de sono ruim, identificada nesse estudo, pode ser uma realidade presente em outros contextos psicossociais do trabalho docente no Brasil.
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