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Apresentação/Introdução
Ferner e Aronson (2006) definem o erro de tratamento farmacológico como ”falha no processo de tratamento que leva, ou tem potência, a causar dano ao paciente”.
Para Aguiar et al. (2006), erros desta natureza se definem como ocorrências evitáveis e que são propiciadas pelo uso inapropriado de um medicamento e que podem trazer sérias consequências a pacientes, profissionais e instituições de saúde.
Objetivos
Analisar a qualidade da prescrição de medicamentos nos serviços de dispensa farmacêutica do município de Franco da Rocha-SP.
Metodologia
Foram analisadas 254 receitas, coletadas sem critério prévio, em 4, 6 e 15 de setembro de 2017, sendo um dia de coleta para cada uma de três unidades selecionadas: a unidade básica de saúde de maior abrangência, a Farmácia Central e a Unidade de pronto-atendimento. Também foram analisadas 509 prescrições dos três CAPS, em 16 e 17 de outubro de 2017, contidas em 171 receitas, sendo 425 o total de receitas analisadas. A classificação de tipos de erro de tratamento farmacológico baseou-se no trabalho de Otero-López et al. (2008).
Resultados
As receitas analisadas tinham múltiplos erros e imperfeições, infringindo a legislação sanitária e orientações de conselhos profissionais de Medicina e Farmácia.
Quanto à proveniência, 9,9% das receitas foram prescritas em serviços privados e 90,1% em públicos, e, no total, 36,6% não identificavam o estabelecimento.
Os principais erros de prescrição possíveis de identificar, pois não houve cotejo de dados clínicos referentes a cada receita, foram: 20,1% erros de execução; 11,8% erros de forma farmacêutica; e 63,8% erros de outros tipos.
Dos medicamentos prescritos, 44,5% e 42,2%, respectivamente, não constava na REMUME de Franco da Rocha e na RENAME 2017.
Conclusões/Considerações
Diante da análise, foi possível fazer recomendações para a melhoria da qualidade das prescrições, como: elaborar um programa de educação continuada para os prescritores com temas pertinentes aos erros na receita; renovar a REMUME de acordo com a lista de medicamentos essenciais da Organização Mundial da Saúde de 2017; estabelecer prescrições eletrônicas, fazer acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, principalmente de doentes crônicos.
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