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Apresentação/Introdução
A exposição à violência praticada pelo parceiro íntimo pode propiciar a busca pelo uso de tranquilizantes como um modo de facilitar o convívio com esse fenômeno, considerando que os usos desses fármacos promove a falsa sensação de alívio das tensões. Todavia, vale ponderar que o uso contínuo pode levar a dependência, e, ao adoecimento silencioso de muitas mulheres.
Objetivos
Identificar prevalência do uso de psicotrópicos entre as usuárias do serviço de atenção primária e verificar sua relação com a experiência de violência perpetrada pelo parceiro íntimo.
Metodologia
Estudo epidemiológico, transversal, realizado em 26 Unidades de Saúde do município de Vitória, Espírito Santo Brasil. Participaram do estudo 991 usuárias, de 20 a 59 anos que foram entrevistadas em local privativo, onde foi aplicado dois formulários. O primeiro formulário continha dados de caracterização sociodemográfica e identificação do uso de psicotrópico alguma vez na vida e atualmente. O segundo formulário foi o instrumento da Organização Mundial de Saúde para rastreamento da história de violência contra a mulher praticada pelo parceiro íntimo, dos tipos psicológica, física e sexual nos últimos 12 meses. Foi realizado o teste qui-quadrado de Pearson por meio do Stata 13.0.
Resultados
Aproximadamente 46,0% das usuárias do serviço de atenção primária em saúde do município de Vitória já utilizaram psicotrópico alguma vez na vida, e, atualmente 40,0% utilizam. Nota-se que mulheres com experiência de violência psicológica cometida pelo parceiro íntimo, nos últimos 12 meses, apresentaram maior prevalência de uso de psicotrópico seja alguma vez na vida ou atualmente (p
Conclusões/Considerações
A prevalência de usuárias do serviço de atenção primária em saúde que estão em uso de psicotrópicos é alta. Os profissionais devem estar atentos a esses casos considerando a possível relação do uso do fármaco com a história de violência. Nesse sentido, além do cuidado de qualidade na área da saúde mental, deve-se sobretudo um cuidado integral visando o rompimento do ciclo de violência, visto o impacto negativo desse fenômeno na saúde da mulher.
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