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Apresentação/Introdução
O Sistema Único de Saúde (SUS) está baseado no direito ao acesso da população a todos os níveis de atenção e inclui a assistência farmacêutica. Dentre as atividades envolvidas na assistência farmacêutica destaca-se a utilização de medicamentos, que compreende a prescrição, a dispensação e o uso racional de medicamentos no sentido de se obter os melhores resultados para a saúde.
Objetivos
O objetivo do presente estudo foi investigar a utilização de medicamentos em município de médio porte da Região Metropolitana I do estado do Rio de Janeiro.
Metodologia
Foi realizado um estudo transversal, descritivo com abordagem qualiquantitativa. A partir da construção de modelo lógico, teve base o quadro de indicadores e os instrumentos para coleta de dados abordando todas as etapas e o conceito de utilização de medicamentos. Foram consideradas como unidades de análise cada uma das dez Unidades Básicas de Saúde do município. Foram analisadas 300 prescrições e entrevistados onze farmacêuticos, responsáveis por unidades básicas ou pelo nível central. As entrevistas foram gravadas e transcritas em seguida procedeu-se análise de conteúdo.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal Fluminense CAAE n0 2.103.376.
Resultados
O número médio de medicamentos por prescrição foi de 2,7. O percentual de medicamentos prescritos que constavam na Lista de Medicamentos Essenciais do município foi em média 83,5%. Percentual de medicamentos prescritos pela denominação genérica foi em média 75,8%. Em mais de 90% das prescrições não havia forma farmacêutica, 60% não continham duração de tratamento, 47% não apresentavam dose, 10,0% ausência de identificação do prescritor, 9% não apresentavam data de emissão.
Ao serem perguntados sobre “o que é utilização de medicamentos” apenas dois farmacêuticos mencionaram a relação entre prescrição, dispensação e o uso de medicamentos. A maior parte dos entrevistados apontou apenas o uso.
Conclusões/Considerações
A utilização de medicamentos no município em questão apresenta falhas significativas na etapa de prescrição o que pode levar falhas na terapia. Foi possível identificar que farmacêuticos envolvidos no cuidado não reconhecem as etapas da utilização de medicamentos e suas implicações para o URM. Assim, são necessárias intervenções no sentido de qualificar a assistência farmacêutica.
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