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Apresentação/Introdução
Na saúde coletiva, a vulnerabilidade está relacionada ao adoecimento e outras condições adversas de vida que se dão na interação indivíduo-coletividade. Na temática da mudança do clima, esse conceito designa a predisposição de um sistema ser afetado pelos impactos negativos do clima, sendo também multifatorial, o que ganha relevância para ecossistemas ricos e socialmente diversos como a Amazônia.
Objetivos
Estudar a vulnerabilidade dos municípios do Estado do Amazonas à mudança do clima, identificando os principais aspectos ambientais, sociais, e institucionais envolvidos nesse processo.
Metodologia
Um Índice de Vulnerabilidade (IV) foi construído baseado na atribuição de notas indicativas de maior (4) ou menor vulnerabilidade (0) a cada variável. Essas foram sucessivamente agregadas através de média aritmética e padronização. Os valores dos índices variaram numa escala entre 0 (menos vulnerável) e 1 (mais vulnerável). Foram construídos índices que refletissem os três fundamentos da vulnerabilidade à mudança do clima: exposição (intensidade do estresse ambiental/sociopolítico), sensibilidade (susceptibilidade do sistema proporcionado pelas características sociais/de saúde), e capacidade adaptativa (capacidade de se adaptar e responder aos impactos).
Resultados
O valor médio do IV para os municípios Amazonenses foi de 0,406 e dos índices principais foram de 0,530 para capacidade adaptativa, 0,447 para exposição e de 0,465 para a sensibilidade. Os municípios considerados mais vulneráveis foram Careiro da Várzea (1,0), Lábrea (0,936) e Boca do Acre (0,856). Os sub-índices que elevaram a vulnerabilidade dos municípios Amazonenses foram os relacionados à Pobreza, Doenças Infecciosas, Desastres, Organização Sociopolítica e Estrutura Socioeconômica.
Conclusões/Considerações
O mapeamento dos índices permite a comparação entre os municípios e pode contribuir para a orientação das políticas públicas com foco na redução da vulnerabilidade dos municípios. A manutenção das condições socioambientais observadas pode representar, na perspectiva de alteração climática, um agravamento da desigualdade social e da miséria num futuro próximo, além de elevar os custos e perdas relacionadas aos desastres e ao sistema de saúde.
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